Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

2W Energia estreia como geradora renovável e planeja retomar IPO em 2023

2W Energia estreia como geradora renovável e planeja retomar IPO em 2023

Reuters

16/12/2022

Placeholder - loading - Turbina de energia eólica no Nordeste do Brasil.  REUTERS/Paulo Whitaker
Turbina de energia eólica no Nordeste do Brasil. REUTERS/Paulo Whitaker

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica 2W está estreando no segmento de geração de energia com o início das operações de seu primeiro parque eólico na semana que vem, em uma entrega importante de sua estratégia de negócios e que pavimenta o caminho para a retomada dos planos de uma oferta inicial de ações (IPO) em 2023.

O CEO da 2W, Cláudio Ribeiro, disse à Reuters que a companhia, que é uma das principais comercializadoras de energia independentes do país, está se preparando para aproveitar a primeira janela que surgir no ano que vem para colocar de pé a operação no mercado de capitais.

A butique de negócios Laplace Finanças foi contratada para assessorar a escolha dos bancos que irão coordenar a oferta. A princípio, será um consórcio de quatro instituições financeiras.

Segundo Ribeiro, hoje a companhia está mais madura para realizar o IPO do que em 2020, quando fez uma primeira tentativa, em meio à pandemia.

De lá para cá, a 2W concluiu seu primeiro projeto de geração de energia --o parque eólico Anemus, no Rio Grande do Norte, com 138,6 megawatts (MW)-- e avançou com a venda de energia ao chamado 'atacarejo', segmento do setor elétrico que engloba consumidores de pequeno porte, principalmente pequenas e médias empresas.

'Estávamos muito 'early stage', o Anemus era um papel, um greenfield... Dizíamos 'eu vou atacar o mercado atacarejo', hoje já temos mais de 600 clientes na carteira', disse o CEO.

'(Em 2020) Recuamos (do IPO) porque os investidores estavam precificando todo esse modelo de negócio com desconto muito alto. Agora, temos um book de realizações a mostrar... muda a percepção de valuation e desconto dos investidores', acrescentou.

Ribeiro pondera que a decisão pela abertura de capital é 'por conveniência', e não por necessidade, uma vez que a 2W já tem bom acesso ao mercado de capitais em operações de dívida.

De olho na estreia na B3, a elétrica intensificou ao longo deste ano conversas com investidores estrangeiros, com roadshows na Europa e Estados Unidos. A temporada de IPOs de 2023 promete iniciar com a operação da elétrica CTG Brasil, subsidiária da gigante China Three Gorges Corp, que já protocolou registro na CVM.

APOSTA NA GERAÇÃO

Tradicional no mercado de comercialização de energia, a 2W decidiu investir no setor de geração como forma de trazer mais segurança às suas vendas de energia, garantindo lastro próprio, o que também ajuda na gestão dos preços.

O complexo Anemus, que receberá cerca de 750 milhões de reais em investimentos, tem toda sua energia vendida a consumidores de energia de pequeno porte, segmento que vem ganhando impulso com a abertura do ambiente de contratação livre (ACL).

Em paralelo, a 2W também está construindo seu segundo projeto eólico, chamado Kairós, no Ceará, com 261 MW de potência. O empreendimento terá duas fases, que somam 1,4 bilhão de reais em aportes, e deverá estar totalmente operacional no final de 2023.

A companhia tem a meta é chegar a 1 GW de potência nos próximos dois anos, devendo direcionar toda essa energia para o 'atacarejo', segmento que garante preços de venda de energia melhores se comparados ao dos grandes consumidores.

(Por Letícia Fucuchima)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.