Ações de software de design de chips sobem com suspensão de restrições dos EUA à China

(Reuters) - As ações da Synopsys e da Cadence Design Systems subiram nesta quinta-feira, depois que os EUA suspenderam as restrições à exportação de software de design de chips para a China, diminuindo a incerteza quanto ao acesso a esse mercado crucial.

As restrições, anunciadas no final de maio, haviam cortado o mercado que traz mais de 10% da receita para os principais participantes do setor, prejudicando previsões e derrubando as ações.

A retomada das exportações significa que ambas as empresas perderão apenas um mês de receita no trimestre atual, disseram os analistas do Mizuho. O alívio das tensões comerciais também pode abrir caminho para a esperada aprovação chinesa da compra da empresa de software de engenharia Ansys pela Synopsys por US$35 bilhões, acrescentaram os analistas.

As ações da Synopsys , que havia retirado sua previsão em maio devido às restrições, subiram 5,5%. A empresa disse na quarta-feira que ainda está avaliando o impacto das restrições de exportação na China sobre suas finanças.

A Cadence e a Ansys subiram 6,1% e 3,5%, respectivamente, enquanto a alemã Siemens , a terceira maior empresa do setor de ferramentas de automação de projetos eletrônicos, subiu 1,5% em Frankfurt.

Sucessivas administrações dos EUA procuraram restringir o acesso da China à avançada tecnologia norte-americana de chips, alegando preocupações de que ela poderia ser usada para fortalecer as forças armadas de Pequim.

Mas as restrições à exportação também fomentaram um aumento na atividade doméstica de design de chips na China, auxiliada por generosos subsídios estatais. Elas também alimentaram temores de retaliação, com analistas alertando que Pequim poderia atrasar ou bloquear a aprovação do acordo Synopsys-Ansys em resposta.

O acordo, que recebeu autorização de fusão em todas as jurisdições, exceto na China, de acordo com as empresas, tem um prazo de 15 de julho para seu fechamento, com uma opção de extensão até janeiro do próximo ano.

(Reportagem de Medha Singh, em Bengaluru, e Arsheeya Bajwa)