Agência reguladora decide que BlackRock pode manter grandes participações em empresas de serviços públicos nos EUA
Publicada em
Por Ross Kerber
(Reuters) - A agência reguladora de energia dos Estados Unidos concedeu à BlackRock permissão renovada para deter participações importantes em empresas de serviços públicos nesta quinta-feira, em uma vitória para a principal gestora de ativos do mundo.
A decisão da Comissão Federal Reguladora de Energia dos EUA (Ferc) incluiu um parecer concordante de Mark Christie, seu presidente republicano. Ele escreveu que, embora esteja preocupado com o poder de mercado da BlackRock, as empresas de serviços públicos precisam ter acesso a capital.
'É um fato da vida econômica que as empresas de serviços públicos reguladas pela Comissão precisam buscar capital de investimento onde quer que ele esteja disponível, e grande parte dele agora é de propriedade ou administrado por grandes gestoras de ativos', escreveu.
Tecnicamente, a decisão do órgão estende por mais três anos a permissão da BlackRock para deter até 20% dos títulos com direito a voto de qualquer empresa de serviços públicos negociada nos EUA, acima do limite tradicional de 10%. Além disso, nenhum fundo da BlackRock pode deter mais de 10% dos títulos com direito a voto de uma empresa de serviços públicos.
A BlackRock tem cerca de US$11,5 trilhões sob gestão. Em um comunicado, a gestora agradeceu à Ferc pela decisão.
'Em um momento em que a acessibilidade e a confiabilidade da energia são especialmente importantes, esperamos continuar a fornecer bilhões de dólares em capital para o setor energético norte-americano em nome de nossos clientes', disse a BlackRock.
Políticos estaduais republicanos e a organização sem fins lucrativos Consumers' Research, de tendência conservadora, afirmavam que a participação anterior da BlackRock em grupos de investidores focados em questões climáticas poderia violar seu compromisso de atuar apenas como um investidor passivo.
Will Hild, diretor executivo da organização sem fins lucrativos, chamou a decisão da Ferc de 'desapontante'.
Os principais grupos comerciais de serviços públicos e de energia não comentaram de imediato nesta quinta-feira.
(Reportagem de Ross Kerber)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO