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Alckmin diz esperar que Selic caia 'fortemente'

Alckmin diz esperar que Selic caia 'fortemente'

Reuters

12/05/2025

Placeholder - loading - Vice-presidente Geraldo Alckmin  10/12/024 REUTERS/Adriano Machado
Vice-presidente Geraldo Alckmin 10/12/024 REUTERS/Adriano Machado

(Reuters) - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira esperar que a taxa básica de juros caia 'fortemente', embora não tenha especificado um prazo, destacando o câmbio mais valorizado e a safra agrícola forte como fatores que podem ajudar a controlar a inflação.

Os comentários de Alckmin vêm em meio a crescente especulação do mercado sobre quando o Banco Central poderá dar início a um ciclo de flexibilização. Na semana passada, o BC elevou a taxa Selic para 14,75%, o maior nível em quase 20 anos, mas deixou em aberto os próximos passos.

Economistas consultados pelo BC projetam que o ciclo de aperto de 425 pontos-base tenha chegado ao fim, e que a Selic será mantida no patamar atual até o final do ano, com cortes começando no início de 2026. Alguns participantes do mercado, no entanto, já estão prevendo reduções neste ano.

Questionado em um evento em São Paulo sobre o que o governo poderia fazer para conter a inflação, Alckmin lembrou que o dólar chegou a 6,20 reais no ano passado, quando o país também sofreu choques climáticos, incluindo secas severas, que impulsionaram os preços dos alimentos.

'Os dois cenários mudaram. O clima até agora está ótimo, nós devemos ter uma super safra. E o dólar caiu de 6,20 para 5,70 reais', afirmou. 'Então o que eu espero é que da mesma maneira que a Selic subiu ela também caia fortemente. Porque ela limita a atividade econômica e ela tem uma efeito duríssimo na dívida pública.'

O IBGE prevê que a safra de grãos, leguminosas e oleaginosas do país em 2025 atingirá um recorde de 327,6 milhões de toneladas.

Atualmente, 46,4% da crescente dívida pública brasileira está vinculada às taxas de juros, o que significa que o aumento dos custos dos empréstimos se traduz imediatamente em maiores despesas com o serviço da dívida.

(Por Marcela Ayres)

Reuters

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