Alemanha alerta sobre desinformação russa voltada para as eleições
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BERLIM (Reuters) - O Ministério do Interior da Alemanha alertou nesta sexta-feira sobre uma operação de desinformação russa que tenta influenciar a campanha eleitoral federal do país com vídeos falsos espalhados nas mídias sociais em Hamburgo e Leipzig.
O ministério disse que havia indícios de que a campanha está ligada à chamada 'Storm-1516', uma operação de influência pró-Rússia observada anteriormente na eleição presidencial dos EUA de 2024 que foi investigada pelas autoridades norte-americanas.
As agências de segurança em Leipzig e Hamburgo identificaram vários sites de pseudomídia e contas de mídia social como parte da rede, reforçando as preocupações com a interferência russa nos processos democráticos.
A embaixada da Rússia em Berlim não respondeu a um pedido de comentário.
Um vídeo que circulou na cidade de Leipzig, no leste do país, deu a impressão de que um candidato do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) não foi incluído em uma lista eleitoral e que nenhum segundo voto poderia ser dado ao partido, de acordo com o site oficial da cidade.
A rede 'Storm-1516' espalha conteúdo enganoso ou falso por meio das mídias sociais e de seus próprios sites, usando reportagens sensacionalistas para maximizar o alcance, disse o Ministério do Interior.
Primeiro, ela cria contas de mídia social não autênticas e sites de pseudomídia como 'adormecidos', inicialmente preenchendo-os com conteúdo neutro a pró-russo antes de ativá-los para desinformação.
'A cidade está atualmente examinando quais medidas legais devem ser tomadas como resultado desses vídeos', disseram as autoridades da cidade de Leipzig em um comunicado.
Na quinta-feira, pesquisadores que trabalham com a Fundação Robert Bosch da Alemanha disseram que uma rede de mais de 700 contas falsas de mídia social emergiu na última semana da campanha eleitoral da Alemanha, promovendo narrativas pró-russas e demonizando o líder conservador para chanceler, Friedrich Merz.
(Reportagem de Riham Alkousaa)
Escrito por Reuters
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