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Aneel pode incorporar valor bilionário à CPFL Paulista em reajuste tarifário

Placeholder - loading - Torres de transmissão de energia em Santo Antônio do Jardim 06/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker
Torres de transmissão de energia em Santo Antônio do Jardim 06/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Leticia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) -A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) poderá incorporar R$4,67 bilhões a processos tarifários da distribuidora CPFL Paulista, depois de uma decisão favorável à companhia na Justiça relacionada a contratos de energia firmados no passado entre a concessionária e outra empresa também do grupo CPFL.

Em reunião nesta terça-feira, a diretoria da Aneel deu três votos favoráveis à incorporação de R$1,3 bilhão, em favor da CPFL Paulista, no reajuste tarifário anual da distribuidora para 2025. O valor se refere a apenas uma parte do total devido à empresa pelo processo na Justiça.

A decisão sobre o reajuste, porém, foi adiada por pedido de vista de um dos diretores. Com isso, a tarifa atual da distribuidora foi automaticamente prorrogada.

Em seu voto, a diretora relatora do processo na Aneel, Agnes da Costa, votou por seguir uma proposta da CPFL que prevê parcelamento da incorporação do total de R$4,67 bilhões nos processos tarifários. A ideia é que a amortização desse montante aconteça ao longo de 5 anos.

Com a inclusão de R$1,3 bilhão no reajuste de 2025, haveria um alta tarifária média de 4,56% a ser percebida pelos consumidores da concessionária. Esse aumento seria mais favorável aos consumidores do que os 26% projetados caso todo o valor devido à distribuidora fosse incorporado em um único reajuste, afirmou a diretora.

O voto da relatora para homologar o reajuste de 2025 foi acompanhado pelos diretores Ludimila Lima da Silva e Sandoval Feitosa.

O diretor Fernando Mosna pediu vista do processo, para analisar o tema com mais calma.

Segundo ele, a decisão que transitou em julgado não abordou valores e foi ilíquida -- isto é, se reconheceu o direito da parte, sem determinação de como cumpri-la. Com isso, não haveria como a Aneel prosseguir sem que haja decisão judicial em execução da sentença ou acordo com a empresa.

Apesar da indefinição sobre o reajuste, a ação da CPFL Energia subia perto de 4%, a R$38,91 às 16h, alcançando no melhor momento máxima histórica intradia a R$40,06 (+7%).

Analistas destacaram a votação favorável entre a maioria dos diretores da Aneel e a possibilidade de os valores se traduzirem em dividendos extraordinários.

'O valor bruto representa quase 10% do valor de mercado da CPFL e pode se traduzir em dividendos extraordinários. No entanto, esperamos que a CPFL distribua isso como dividendos seguindo o cronograma de pagamento de 5 anos', disse João Pimentel, do Citi, em nota.

'Vale a pena notar que outra distribuidora, a CPFL Piratininga, também está questionando o mesmo caso, o que pode somar um adicional de R$1,5 bilhão', acrescentou o analista.

(Por Letícia FucuchimaEdição de Paula Arend Laier e Marta Nogueira)

Escrito por Reuters

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