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Apenas 1 em cada 4 acredita que mudanças nas vacinas do governo Trump são baseadas na ciência, mostra Reuters/Ipsos

Apenas 1 em cada 4 acredita que mudanças nas vacinas do governo Trump são baseadas na ciência, mostra Reuters/Ipsos

Reuters

10/09/2025

Placeholder - loading - Cartaz sobre vacinação em Nova York  5/9/2025   REUTERS/Kylie Cooper
Cartaz sobre vacinação em Nova York 5/9/2025 REUTERS/Kylie Cooper

Por Jason Lange e Michael Erman

WASHINGTON (Reuters) - Apenas um em cada quatro norte-americanos acredita que as recentes recomendações do governo do presidente Donald Trump para a redução do número de vacinas foram baseadas em evidências e fatos científicos, de acordo com uma nova pesquisa Reuters/Ipsos.

O governo dos EUA, embora ainda esteja em processo de definição de novas políticas de vacinação, sinalizou que pessoas jovens e saudáveis e mulheres grávidas não devem tomar vacinas contra o vírus da Covid-19. Isso marca uma reversão de uma campanha histórica de vacinação contra a doença que Trump, um republicano, iniciou no final de seu mandato presidencial de 2017-2021.

A pesquisa Reuters/Ipsos, realizada nos cinco dias até terça-feira, mostrou que 24% dos entrevistados -- incluindo 5% dos democratas e 48% dos republicanos -- acham que as novas recomendações federais de vacinas são baseadas em ciência e fatos.

No geral, 48% dos entrevistados acham que a política não se baseia em ciência e fatos, e o restante não tem certeza ou optou por não responder à pergunta.

A principal autoridade de saúde pública do governo Trump, Robert F. Kennedy Jr., alterou o processo de recomendação de imunizações do governo federal.

No mês passado, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla inglês) restringiu sua aprovação das vacinas contra a Covid-19 a adultos com mais de 65 anos e a pessoas mais jovens com riscos de saúde.

Kennedy, que há muito tempo promove dúvidas sobre a segurança e a eficácia de uma série de vacinas de forma contrária às evidências científicas, também demitiu a chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Susan Monarez, no mês passado. Todos os 17 membros especialistas do Comitê Consultivo de Práticas de Imunização do CDC foram demitidos por Kennedy em junho.

Um comitê reformulado está programado para se reunir em 18 de setembro e poderá votar em novas recomendações para vacinas contra hepatite B, sarampo-caxumba-rubéola-varicela e vírus sincicial respiratório, ou VSR, de acordo com registro federal.

Muitos norte-americanos, especialmente os democratas, temem que o governo Trump possa reduzir o apoio federal às vacinas de forma mais ampla.

Quando perguntados se estavam preocupados com a possibilidade de, no futuro, as crianças não receberem as vacinas de que precisam, 48% dos entrevistados disseram estar preocupados, em comparação com 38% que disseram não estar.

Quatro em cada cinco democratas disseram estar preocupados com o futuro acesso das crianças às vacinas, assim como um em cada cinco republicanos e cerca de metade dos independentes. Cerca de 42% dos entrevistados disseram se preocupar com seu próprio acesso futuro às vacinas.

A pesquisa Reuters/Ipsos entrevistou 1.084 adultos norte-americanos em todo o país e teve uma margem de erro de 3 pontos percentuais para todos os entrevistados e cerca de 6 pontos para republicanos e democratas.

(Reportagem de Jason Lange, em Washington, e Michael Erman, em Nova York)

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