Ataque russo matou mãe e filho na capital da Ucrânia, diz Zelenskiy
Ataque russo matou mãe e filho na capital da Ucrânia, diz Zelenskiy
Reuters
07/05/2025
Atualizada em 07/05/2025
KIEV (Reuters) - Mãe e filho morreram em Kiev, capital da Ucrânia, depois que a Rússia lançou mísseis e drones contra a cidade e outras regiões ucranianas na madrugada desta quarta-feira.
A Força Aérea da Ucrânia informou que os drones kamikaze continuavam a sobrevoar o território ucraniano mais de nove horas depois que os alertas de ataque aéreo soaram pela primeira vez em Kiev.
A investida ocorre no momento em que a Rússia se prepara para receber líderes mundiais em Moscou. Eles devem participar do desfile que marca o 80º aniversário da vitória da União Soviética e aliados na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio.
A Ucrânia lançou drones em direção à capital russa pelo terceiro dia, o que forçou o fechamento da maioria dos aeroportos locais horas antes da chegada do presidente da China, Xi Jinping.
O Kremlin anunciou a presença do governante chinês juntamente com a de outros 28 líderes mundiais como um sinal de que a Rússia não está isolada desde que iniciou a invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Em Kiev, sirenes de alerta soaram nas primeiras horas da quarta-feira em meio ao estrondo das defesas aéreas. Pelo menos três distritos foram atingidos por destroços de drones abatidos, informou o serviço de emergência da Ucrânia no aplicativo de mensagens Telegram.
Em uma das localidades afetadas, a polícia foi vista carregando dois corpos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse no Telegram que se tratava de mãe e filho mortos pelo ataque russo.
Pelo menos sete pessoas, incluindo quatro crianças, também ficaram feridas nos ataques, afirmou Zelenskiy, acrescentando que a Rússia disparou quatro mísseis balísticos e 142 drones contra Kiev e cinco outras regiões.
Em Kiev, os moradores retirados, alguns ainda vestindo pijamas, esperavam do lado de fora dos blocos de prédios danificados e observavam enquanto as equipes de emergência tentavam apagar as chamas e impedir que a fumaça saísse dos apartamentos incendiados.
'Conheço as pessoas de lá, estou tentando ligar para elas, mas elas não estão atendendo', disse o morador Volodymyr Khortov, de 66 anos, enquanto estava do lado de fora de um dos prédios danificados. 'Deus nos livre'.
(Reportagem de Lidia Kelly)
Reuters