Audi reduz novamente projeção para margem operacional para 2025

Por Amir Orusov

(Reuters) - A Audi, marca premium da Volkswagen, reduziu nesta sexta-feira, pela segunda vez, sua previsão de margem operacional para 2025, em meio aos impactos das tarifas de importação dos EUA e da custosa transição para veículos elétricos, que afetam suas margens de lucro.

A companhia agora prevê uma margem operacional entre 4% e 6%, em comparação com a previsão anterior de 5% a 7%. O grupo alemão manteve sua projeção de receita para o ano.

As tarifas norte-americanas custaram à Audi 850 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, com a previsão de que o valor total para o ano chegue a 1,3 bilhão de euros.

A Audi não possui fábricas nos EUA, mas seu diretor financeiro, Juergen Rittersberger, confirmou que planeja decidir ainda este ano se abrirá uma.

A Volkswagen registrou prejuízo no terceiro trimestre, impactada por bilhões de euros em pagamentos adicionais de tarifas e por uma custosa mudança de estratégia na Porsche.

A Audi afirmou que sua previsão para o ano todo pressupõe um fornecimento estável de semicondutores e componentes relacionados, visto que uma iminente crise de abastecimento devido a um impasse com a fabricante holandesa de chips Nexperia ameaça a produção automobilística europeia.

'Estamos acompanhando a situação de perto, mas, no momento, tudo está indo conforme o planejado', disse Rittersberger.

A Audi teve uma margem operacional de 3,2% nos primeiros nove meses, em comparação com 4,5% no mesmo período do ano passado, em resultado impactado por tarifas, reestruturação e regulamentações sobre emissões de carbono.

A Audi afirmou que planeja reduzir significativamente a complexidade e otimizar os custos.

'Estamos lidando com o desafiador cenário econômico geral e com a intensificação da concorrência por meio de um controle de custos consistente', acrescentou Rittersberger.

(Reportagem de Amir Orusov e Christina Amann)