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Autoridades árabes alertam que plano de Trump para Gaza inflamaria Oriente Médio

Placeholder - loading - Tanque israelense perto da fronteira com Gaza  11/2/2025    REUTERS/Amir Cohen
Tanque israelense perto da fronteira com Gaza 11/2/2025 REUTERS/Amir Cohen

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Por Jana Choukeir e Maha El Dahan

DUBAI (Reuters) - O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o controle de Gaza e reassentar os palestinos, que atraiu condenação global, vai ameaçar um frágil cessar-fogo no enclave e alimentar a instabilidade regional, disseram autoridades árabes seniores nesta quarta-feira.

O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, alertou a Cúpula Mundial de Governos, em Dubai, que se Trump seguir em frente com seu plano, ele levará o Oriente Médio a um novo ciclo de crises com um 'efeito prejudicial sobre a paz e a estabilidade'.

Trump enfureceu o mundo árabe ao declarar inesperadamente que os Estados Unidos assumiriam Gaza, reassentariam sua população palestina de mais de 2 milhões de pessoas e a transformariam na 'Riviera do Oriente Médio'.

Depois de 16 meses de ataques aéreos israelenses na guerra de Gaza após os ataques do Hamas a Israel em outubro de 2023, os palestinos temem uma repetição da 'Nakba', ou catástrofe, quando cerca de 800.000 pessoas fugiram ou foram expulsas durante a guerra de 1948 que levou à criação de Israel. Trump disse que eles não teriam o direito de retornar.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou na terça-feira que o cessar-fogo em Gaza terminará e que as Forças Armadas retomarão o combate contra o Hamas até que ele seja derrotado, caso o grupo militante palestino não liberte os reféns até o meio-dia de sábado.

Mais tarde, o Hamas emitiu uma declaração renovando seu compromisso com o cessar-fogo e acusando Israel de colocá-lo em risco.

O Hamas tem libertado reféns gradualmente desde o início da primeira fase do cessar-fogo, em 19 de janeiro, mas na segunda-feira disse que não libertaria mais nenhum refém, sob acusação de que Israel estava violando o acordo.

'Se a situação explodir militarmente mais uma vez, todo esse esforço (de cessar-fogo) será desperdiçado', disse Aboul Gheit.

Jasem al-Budaiwi, que lidera a aliança política e econômica do Conselho de Cooperação do Golfo, rico em petróleo, pediu a Trump que se lembre dos fortes laços entre a região e Washington.

'Mas é preciso dar e receber, ele diz sua opinião e o mundo árabe deve dizer a sua; o que ele está dizendo não será aceito pelo mundo árabe.'

Trump afirmou que os palestinos em Gaza, uma pequena faixa de terra empobrecida, poderiam se estabelecer em países como a Jordânia, que já tem uma enorme população palestina, e o Egito, o Estado mais populoso do mundo árabe. Ambos rejeitaram a proposta.

O Egito sediará uma cúpula árabe de emergência em 27 de fevereiro para discutir desenvolvimentos 'graves' para os palestinos.

Escrito por Reuters

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