Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Avó de refém em Gaza passa Hanukkah nas portas de casas de líderes israelenses

Placeholder - loading - Romi Gonen, 23 anos, é retratada com sua avó Dvora Leshem, 87 anos, nesta foto de família obtida pela Reuters em 14/12/2023 Gonen Family/Divulgação via REUTERS
Romi Gonen, 23 anos, é retratada com sua avó Dvora Leshem, 87 anos, nesta foto de família obtida pela Reuters em 14/12/2023 Gonen Family/Divulgação via REUTERS

Publicada em  

TEL AVIV (Reuters) - Dvora Leshem passou cada uma das oito noites de Hanukkah do lado de fora da casa de um líder israelense diferente, em protesto, exigindo o retorno de sua neta mantida refém pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Festa de final de ano que comemora uma antiga vitória judaica, o Hanukkah é celebrado com velas acesas em uma tradicional Menorá, candelabro especial judaico com vários ramos. Uma vela é adicionada e acesa a cada noite.

'Não acenderei uma vela e vou ficar na frente das casas dos membros do governo, daqueles que têm assento no gabinete', disse Leshem, cuja neta Romi Gonen está entre as cerca de 240 pessoas capturadas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro ao sul de Israel, no qual aproximadamente 1.200 pessoas foram mortas.

O ataque foi o mais mortal da história de Israel e desencadeou a guerra em Gaza.

'Eu peço a eles: não estou acendendo velas e quero que vocês tragam de volta minha neta e tragam de volta os outros reféns para que possamos ser felizes e possamos celebrar o Hanukkah adequadamente', disse ela de sua casa em Tel Aviv.

Durante o feriado, a avó de 87 anos conversou com o ministro da Defesa de Israel em frente à casa dele e se encontrou com outro membro do gabinete de guerra, fazendo um apelo: 'Precisamos tirá-los de lá antes de derrubarmos estes bastardos'.

A família de Gonen, de 23 anos, teve notícias dela pela última vez na manhã de 7 de outubro, quando o Hamas atacou pessoas na festa ao ar livre da qual ela participava. Dançarina, Gonen correu para salvar sua vida com a melhor amiga, e se escondeu em arbustos. Ela finalmente conseguiu chegar a um carro que foi baleado, matando uma colega no banco do motorista e sua melhor amiga. Gonen foi baleada na mão.

Ela estava o tempo todo ao telefone com a família.

'Ouvimos dois árabes conversando entre si sobre matá-la ou levá-la', disse Leshem.

'Eles decidiram levá-la porque ela ainda estava respirando. Eles a levaram e depois de alguns momentos ela disse 'Oi, mãe'. É isso, e não ouvimos mais nada.'

Mais de 100 reféns foram libertados em trégua de uma semana que terminou em 1º de dezembro. Desde então, os combates recomeçaram, e Israel prosseguiu com sua ofensiva militar contra o Hamas em Gaza, que levou à morte de quase 19.000 pessoas no enclave. Gonen está entre os mais de 130 reféns que permanecem em cativeiro

(Reportagem de Eli Berlzon e Michal Yaakov Itzhaki)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.