BC da China deve injetar novos fundos no sistema por meio de empréstimos de médio prazo
BC da China deve injetar novos fundos no sistema por meio de empréstimos de médio prazo
Reuters
14/03/2023
XANGAI (Reuters) - O banco central da China deve injetar mais liquidez no sistema financeiro ao rolar empréstimos de médio prazo que estão para vencer pelo quarto mês consecutivo na quarta-feira, enquanto mantém a taxa de juros inalterada para apoiar a economia, mostrou uma pesquisa da Reuters.
O Banco do Povo da China continuará a manter os fundos de longo prazo suficientes, disseram operadores e analistas, acrescentando que a modesta meta de crescimento econômico deste ano sugere que as autoridades estão confortáveis com o ritmo de recuperação.
A China encerrou em dezembro mais de três anos de uma rigorosa política sanitária contra a Covid-19 que envolveu bloqueios em várias cidades e extensa quarentena. A reabertura econômica impulsionou o consumo e a atividade empresarial, aumentando a perspectiva de uma recuperação mais rápida, o que reduz a probabilidade de um afrouxamento monetário maciço.
Em uma pesquisa com 28 analistas de mercado realizada esta semana, todos os participantes previram que o banco central manterá a taxa de juros do mecanismo de empréstimo de médio prazo (MLF) de um ano inalterada em 2,75%.
Entre eles, 20, ou 71% de todos os entrevistados, esperam que o banco central injete novos fundos para exceder o valor que está vencendo, enquanto os oito analistas restantes previam apenas uma rolagem completa. Este mês, 200 bilhões de iuanes (29,10 bilhões de dólares) dessa dívida estão para vencer.
A China estabeleceu a meta de crescimento econômico deste ano em cerca de 5% na sessão anual do Congresso Nacional do Povo. A meta ficou no limite inferior das expectativas, já que fontes de política monetária disseram recentemente à Reuters que uma faixa de até 6% poderia ser estabelecida. Também está abaixo da meta do ano passado de cerca de 5,5%.
Alguns investidores também observaram que a política monetária da China deve permanecer estável depois que Pequim surpreendeu ao manter o presidente do banco central e o ministro das Finanças em seus cargos, priorizando a continuidade à medida que desafios econômicos se aproximam no país e no exterior.
(Reportagem de Li Hongwei e Brenda Goh)
Reuters