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BC não deveria fazer movimento brusco nos juros em momento de incerteza, diz Galípolo

BC não deveria fazer movimento brusco nos juros em momento de incerteza, diz Galípolo

Reuters

23/05/2025

Placeholder - loading - Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em cerimônia na sede do banco, em Brasília 02/02/2025 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em cerimônia na sede do banco, em Brasília 02/02/2025 REUTERS/Ueslei Marcelino

Atualizada em  23/05/2025

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central não deveria fazer movimentos bruscos na política monetária, considerando o ambiente de incerteza, e por isso pregou cautela na condução dos juros, disse nesta sexta-feira o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo.

Em seminário organizado pelo Centro de Estudos Monetários da Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Galípolo afirmou que neste momento de calibragem do ciclo de política monetária, ganha mais importância o debate sobre o tempo que a Selic vai permanecer contracionista.

'O que a cautela quer dizer é que, dado o estágio que nós estamos na política monetária e dada a incerteza, o Banco Central não deveria fazer o movimentos bruscos', disse.

'Se você não pretende fazer movimentos bruscos neste momento de calibragem, ganha mais peso para convergência da meta (de inflação) uma discussão sobre o período que você vai permanecer com essas taxas num patamar substancialmente contracionista.'

O BC decidiu em maio desacelerar o ciclo de alta da taxa Selic, com uma elevação de 0,50 ponto percentual, a 14,75% ao ano, deixando em aberto o que fará nas próximas reuniões sob o argumento de que o cenário demanda cautela e flexibilidade.

O presidente da autarquia voltou a enfatizar que será necessário manter os juros básicos em patamar contracionista por um período prolongado.

Na apresentação, Galípolo disse que o componente doméstico explica parte da desancoragem das expectativas de mercado para a inflação, o que justificou o atual ciclo de alta significativa na Selic.

Ele reafirmou que percebe no mercado uma sensação de que o governo poderá usar a política fiscal para compensar a desaceleração da atividade provocada pelo aperto nos juros, acrescentando que isso amplia os desafios para a política monetária.

(Por Bernardo Caram)

Reuters

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