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BCE corta juros e promete agilidade diante de incertezas da guerra comercial

Placeholder - loading - Sede do BCE em Frankfurt 06/03/2025. REUTERS/Jana Rodenbusch//File Photo
Sede do BCE em Frankfurt 06/03/2025. REUTERS/Jana Rodenbusch//File Photo

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Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu cortou as taxas de juros pela sétima vez em um ano nesta quinta-feira, buscando sustentar uma economia da zona do euro em dificuldades que enfrenta mais pressão das tarifas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O BCE levou os custos de empréstimos ao seu nível mais baixo desde o final de 2022, uma vez que o forte aumento da inflação pós-pandemia diminuiu, e as mudanças rápidas nas políticas comerciais reforçam as preocupações.

'As perspectivas econômicas estão afetadas por uma incerteza excepcional', disse a presidente do BCE , Christine Lagarde em uma coletiva de imprensa depois que as autoridades concordaram unanimemente em cortar a taxa de referência do BCE em 25 pontos-base, para 2,25%.

O comunicado do banco advertiu que a situação pode pesar sobre a economia da zona do euro, embora tenha removido a referência às taxas de juros como 'restritivas' - uma frase considerada indicação de novos cortes nos juros.

Lagarde disse que, com tantas incertezas, o banco precisa permanecer firme em sua postura de tomar decisões reunião por reunião.

'Será uma questão de agilidade diante do que estamos vendo', disse ela. 'Mais do que nunca, agora precisamos ser dependentes de dados.'

Embora Trump tenha suspendido a maioria das tarifas por enquanto, muitas continuam em vigor e a volatilidade nos mercados financeiros já causou danos à economia.

Lagarde disse que o BCE não terá total clareza em sua próxima reunião, no início de junho, já que ela acontecerá antes do término do congelamento de 90 dias que Trump impôs às suas tarifas - que foram fixadas em 20% para a União Europeia.

A recente turbulência levou a grande maioria dos economistas consultados pela Reuters a esperar o corte da taxa de depósito do BCE nesta quinta-feira para 2,25% - o topo de uma faixa de 1,75% a 2,25% definida como 'neutra', que não impulsiona nem restringe a atividade econômica.

Lagarde disse no mês passado que o BCE estimava que o crescimento dos 20 países que compartilham o euro poderia cair meio ponto percentual se os Estados Unidos impusessem uma tarifa de 25% sobre as importações da UE e o bloco retaliasse, apagando cerca de metade da expansão esperada da zona do euro.

Mas essa estimativa foi considerada muito otimista, principalmente se uma guerra comercial causar estragos na confiança dos investidores, das empresas e dos consumidores.

'Não posso dizer se estamos no pico da incerteza', disse Lagarde nesta quinta-feira. 'Temos que estar prontos para o imprevisível'.

(Reportagem adicional de Marc Jones em Londres)

Escrito por Reuters

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