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BCE deve manter taxa de juros em 2%, a menos que novos choques ocorram, diz FMI

BCE deve manter taxa de juros em 2%, a menos que novos choques ocorram, diz FMI

Reuters

02/07/2025

Placeholder - loading - Diretor do Departamento Europeu do FMI, Alfred Kammer, durante briefing, em Washington, nos EUA 25/04/2025 REUTERS/Elizabeth Frantz
Diretor do Departamento Europeu do FMI, Alfred Kammer, durante briefing, em Washington, nos EUA 25/04/2025 REUTERS/Elizabeth Frantz

SINTRA, Portugal (Reuters) - O Banco Central Europeu deve manter sua taxa de depósito no patamar atual de 2%, a menos que novos choques alterem de forma significativa as perspectivas de inflação, disse Alfred Kammer, chefe do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta quarta-feira.

O BCE cortou a taxa de juros em dois pontos percentuais desde junho de 2024, mas sinalizou uma pausa neste mês, mesmo que os investidores ainda vejam outro corte de 0,25 ponto percentual, para 1,75%, neste ano.

'Os riscos em torno da inflação da zona do euro são de dois lados', disse Kammer à Reuters à margem do Fórum do BCE sobre Bancos Centrais em Sintra, Portugal.

'É por isso que achamos que o BCE deve manter o curso e não se afastar de uma taxa de depósito de 2%, a menos que haja um choque que altere significativamente as perspectivas de inflação. No momento, não estamos vendo nada dessa magnitude.'

Parte da razão pela qual o FMI está adotando uma visão diferente da dos mercados é porque ele prevê uma inflação mais alta no próximo ano do que o BCE.

O BCE prevê que o crescimento dos preços ficará abaixo de sua meta de 2% por 18 meses a partir do terceiro trimestre, chegando a 1,4% no início de 2026.

'Para o próximo ano, prevemos uma inflação de 1,9%, que está acima das projeções do próprio BCE, em parte porque temos uma visão diferente sobre os preços de energia', disse Kammer.

Embora a maioria dos membros do BCE considere os riscos de inflação equilibrados, há um grupo cada vez maior, incluindo Olli Rehn, da Finlândia, Pierre Wunsch, da Bélgica, e Mário Centeno, de Portugal, que já alertaram sobre o risco de a inflação cair para níveis muito baixos.

(Por Balazs Koranyi)

Reuters

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