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BCE está cauteloso com aumento da incerteza no comércio global, mostra ata

BCE está cauteloso com aumento da incerteza no comércio global, mostra ata

Reuters

03/07/2025

Placeholder - loading - Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, na Alemanha 16/03/2023 REUTERS/Heiko Becker
Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, na Alemanha 16/03/2023 REUTERS/Heiko Becker

(Reuters) - Os membros do Banco Central Europeu reduziram as taxas de juros no mês passado para evitar um aperto injustificado das condições monetárias e diante da elevada incerteza em relação ao comércio, segundo a ata de sua reunião de 3 a 5 de junho divulgada nesta quinta-feira.

O BCE cortou as taxas de juros pela oitava vez em um ano no mês passado, mas sinalizou uma pausa em qualquer afrouxamento adicional uma vez que a inflação já está de volta à meta e a política comercial errática dos Estados Unidos cria muita incerteza.

'Os membros enfatizaram que as perspectivas para a economia global permanecem altamente incertas', disse o BCE. 'A incerteza comercial elevada provavelmente prevalecerá por algum tempo e poderá se ampliar e se intensificar.'

Uma pausa em julho tornou-se uma certeza ainda maior nas semanas que se seguiram à reunião de junho, já que a maioria dos membros se alinharam em favor de uma pausa com base na premissa de que os dados e a clareza das negociações comerciais não estarão disponíveis até sua próxima reunião.

Os mercados também estão na mesma página. Investidores veem apenas mais um corte na taxa de depósito de 2% do BCE até o final do ano, antes de começar um aperto monetário no final de 2026.

'Os indicadores de abril e maio já sugerem alguma desaceleração' na economia global, disse o BCE.

Embora a maioria das autoridades argumente que o BCE cumpriu essencialmente sua meta, alguns, incluindo o finlandês Olli Rehn, o português Mario Centeno e o belga Pierre Wunsch, alertaram para o risco de a inflação ficar muito baixa, exigindo ainda mais suporte.

De fato, a projeção é de que o aumento dos preços caia abaixo da meta do BCE neste ano e permaneça abaixo de 2% por 18 meses devido a um euro forte, custos baixos de energia e importações chinesas baratas, antes de voltar à meta.

Outros, no entanto, alertam que a desglobalização, a transição verde e o envelhecimento da população aumentarão ainda mais as pressões sobre os preços e o BCE poderá, em breve, enfrentar novamente uma inflação acima da meta.

(Reportagem de Marc Jones)

Reuters

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