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Bilionário Bill Gates pede mudança na estratégia climática antes da COP30

Bilionário Bill Gates pede mudança na estratégia climática antes da COP30

Reuters

28/10/2025

Placeholder - loading - Bill Gates discursa em evento em Nova York 24/09/2025 REUTERS/Caitlin Ochs
Bill Gates discursa em evento em Nova York 24/09/2025 REUTERS/Caitlin Ochs

Por Sharon Kimathi

LONDRES (Reuters) - O investidor bilionário e filantropo Bill Gates pediu aos líderes mundiais nesta terça-feira que se adaptem às condições climáticas extremas e se concentrem na melhoria dos resultados de saúde, em vez de se concentrarem nas metas de redução de temperatura, antes das negociações climáticas da COP30 no Brasil.

A COP30 será realizada de 10 a 21 de novembro na cidade portuária de Belém. Os países devem apresentar compromissos climáticos nacionais atualizados e avaliar o progresso das metas de energia renovável acordadas em cúpulas anteriores.

O mundo passou a última década trabalhando para atingir as metas do Acordo de Paris, com o objetivo de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius acima da média pré-industrial até a metade do século -- algo que continua bem longe do planejado.

Embora a mudança climática seja séria, ela 'não é o fim da civilização', publicou Gates em seu blog pessoal. Ele escreveu que, em vez de se concentrar na temperatura como a melhor medida de progresso, a resiliência climática seria melhor construída por meio do fortalecimento da saúde e da prosperidade.

Ele pediu uma mudança de foco para melhorar o bem-estar humano, especialmente em regiões vulneráveis, por meio de investimentos em acesso à energia, saúde e resiliência agrícola.

Essas áreas, segundo ele, oferecem benefícios mais equitativos do que as metas de temperatura e devem ser fundamentais para as estratégias climáticas discutidas na COP30.

Gates, que investiu bilhões para acelerar a inovação em tecnologia limpa por meio de sua rede de empreendimentos com foco no clima, a Breakthrough Energy, também desafiou os formuladores de políticas e os doadores a examinar se a ajuda climática estava sendo gasta de forma eficaz.

Ele pediu que usassem dados para maximizar o impacto e conclamou os investidores a apoiarem empresas que desenvolvem tecnologias limpas de alto impacto para que possam reduzir os custos mais rapidamente.

Ele disse que as mortes diretas causadas por desastres naturais caíram 90% no último século, ficando entre 40.000 e 50.000 por ano, em grande parte devido a melhores sistemas de alerta e infraestrutura mais resiliente.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e a Organização Meteorológica Mundial pediram na semana passada que os países implementassem sistemas de alerta de desastres para proteger as pessoas contra condições climáticas extremas.

A OMM disse que, nas últimas cinco décadas, os riscos relacionados ao tempo, à água e ao clima mataram mais de 2 milhões de pessoas, sendo que 90% dessas mortes ocorreram em países em desenvolvimento.

(Reportagem de Sharon Kimathi)

Reuters

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