Bolsonaro deixa prisão domiciliar para realizar exames em hospital de Brasília
Bolsonaro deixa prisão domiciliar para realizar exames em hospital de Brasília
Reuters
16/08/2025
(Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou sua residência de Brasília neste sábado, onde cumpre prisão domiciliar, para realizar exames médicos a fim de investigar um quadro recente de 'febre, tosse, persistência de episódios de refluxo gastroesofágico e soluços', informou um boletim médico.
De acordo com o documento assinado por médicos do Hospital DF Star, em Brasília, Bolsonaro foi admitido no local pela manhã e realizou exames laboratoriais e de imagem, que evidenciaram 'imagem residual de duas infecções pulmonares recentes possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração'.
Os médicos também afirmaram que uma endoscopia mostrou persistência no ex-presidente de esofagite e gastrite, de forma menos intensa mas com necessidade de tratamento contínuo com medicamentos.
'(Bolsonaro) deverá seguir com o tratamento da hipertensão arterial, do quadro de refluxo e medidas preventivas de broncoaspiração, sendo liberado às 13h58', completou a equipe médica.
Bolsonaro havia recebido autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para deixar a prisão domiciliar a fim de comparecer ao hospital na terça-feira. Na decisão, Moraes havia permitido que o ex-presidente permanecesse no local de seis a oito horas.
No pedido visto pela Reuters, os advogados de Bolsonaro haviam argumentado que a solicitação foi motivada após avaliação do quadro de saúde. Entre os exames solicitados, estavam coletas de sangue e urina, três tomografias, duas ultrassonografias, um ecocardiograma e uma endoscopia digestiva.
No início do mês, Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por considerar que houve reincidência do descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente contra ele, como a proibição de usar redes sociais direta ou indiretamente.
O ex-presidente é réu em um julgamento no STF por tentativa de golpe de Estado, marcado para iniciar em 2 de setembro.
(Reportagem de Fernando Cardoso, em São Paulo; Reportagem adicional de Luciana Magalhães)
Reuters

