Bolsonaro prevê 'governo difícil' em 2019, mas diz que Brasil tem como vencer desafio
Bolsonaro prevê 'governo difícil' em 2019, mas diz que Brasil tem como vencer desafio
Thomson Reuters
28/12/2018
Atualizada em 28/12/2018
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro previu nesta sexta-feira, quatro dias antes de sua posse, um 'governo difícil' em 2019, mas afirmou que o Brasil tem potencial e 'massa humana' para vencer este desafio.
“Começamos um governo difícil em janeiro, mas o Brasil tem potencialidade e massa humana para que possamos vencer e em parte precisamos de bons aliados, amigos e irmãos, como Benjamin Netanyahu”, disse o presidente eleito após um encontro com o premiê de Israel no Forte Copacabana, no Rio de Janeiro.
Do lado de fora do encontro fechado, dezenas de pessoas enfrentaram o sol e o calor de mais de 30 graus para tentar contato com Bolsonaro que saiu de lá para visitar um sinagoga no mesmo bairro com o líder israelense, que está no Brasil para a cerimônia de posse do presidente eleito no dia 1º.
No encontro com Netanyahu, Bolsonaro também afirmou que pretende visitar o Estado judeu até março do próximo ano e disse que espera firmar mais parcerias com Israel. O presidente eleito deve ser submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.
“Pretendo, se Deus quiser, visitar Israel até março, onde iremos com uma comitiva... para tratar de questões como agricultura, tecnologia, piscicultura, segurança e Forças Armadas“, disse ele. “Para o mais rápido possível pôr em prática essa parceria com Israel.“
VISITA HISTÓRICA
Netanyahu disse que aguarda a visita de Bolsonaro para fortalecer os laços entre os dois países e chamou de histórica sua visita ao Brasil por se tratar da primeira vez de um primeiro-ministro israelense em território brasileiro. Ele chamou Bolsonaro de um grande amigo e um irmão.
'Israel é a Terra Prometida, o Brasil é a terra da promessa', disse o premiê.
Publicamente não se falou sobre a possibilidade cogitada pelo próprio presidente eleito de transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que já gerou reações de países árabes.
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