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Brasil condena qualquer ato de violência, diz Vieira ao ser cobrado por postura em relação ao Irã

Brasil condena qualquer ato de violência, diz Vieira ao ser cobrado por postura em relação ao Irã

Reuters

15/04/2024

Placeholder - loading - Chanceler brasileiro, Mauro Vieira 17/03/2024 REUTERS/Mohammed Torokman
Chanceler brasileiro, Mauro Vieira 17/03/2024 REUTERS/Mohammed Torokman

Atualizada em  15/04/2024

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Depois de críticas ao governo brasileiro pela nota em que não condenou explicitamente o ataque do Irã à Israel, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil 'condena sempre qualquer ato de violência' e 'conclama o entendimento entre as partes', mas defendeu a mensagem divulgada no dia do ataque.

Na nota divulgada na noite de sábado, o Itamaraty declarou 'grave preocupação' com o ataque e ressalta que vinha alertando para o 'potencial destrutivo do alastramento das hostilidades' para outros países do Oriente Médio.

O teor foi criticado por não condenar diretamente os ataques por drones e mísseis do Irã à Israel, uma retaliação depois de Israel ter bombardeado o complexo da embaixada iraniana na Síria em que morreram sete membros da Guarda Revolucionária do Irã.

De acordo com o ministro, a nota foi feita no momento dos ataques, quando ainda não se tinha clara a extensão ou alcance dos ataques do Irã.

'Isso foi feito à noite, em um momento em que não tínhamos a extensão ou alcance das medidas que estavam sendo tomadas, e fizemos um apelo, como sempre fizemos, pela contenção das partes', disse Mauro Vieira.

Questionado se agora, com todas as informações, o Brasil condena o ataque do Irã, respondeu:

'O Brasil condena sempre qualquer ato de violência e o Brasil conclama sempre o entendimento entre as partes.'

No início do mês, quando Israel bombardeou a embaixada da Síria no Irã, os termos da nota do Itamaraty foram mais duros. 'O governo brasileiro condena o ataque aéreo, em primeiro de abril, contra o consulado da República Islâmica do Irã, em Damasco', dizia o texto.

Os dois pesos foram criticados por representantes da comunidade judaica no Brasil e também pelo governo israelense, com quem o governo brasileiro tem tido repetidos incidentes diplomáticos pela postura dura de crítica aos ataques de Israel à Faixa de Gaza.

De acordo com uma fonte do governo brasileiro, a nota foi divulgada ainda na noite de sábado, em meio aos ataques iranianos, a pedido de presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que manifestou uma preocupação de que o conflito se alastrasse pela região.

A intenção inicial era que o texto só saísse mais tarde, como foi feito quando do suposto ataque israelense ao consulado iraniano na Síria -- quando a nota saiu dois dias depois -- para que se pudesse ter já uma noção do impacto, das consequências e das violações causadas pelo ataque, contou a fonte.

'É compreensível a intenção, a preocupação com a contaminação é real, mas aí o que poderíamos fazer era destacar a grave preocupação -- que em termos diplomáticos é muito grave', disse a fonte.

Reuters

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