Brasileiros gastaram 22,8 bilhões com viagens nacionais em 2024

Os brasileiros gastaram R$ 22,8 bilhões com viagens nacionais em 2024. O valor representa um crescimento de 11,7% em relação a 2023, quando as despesas somaram R$ 20,4 milhões. Os dados fazem parte de uma edição especial sobre turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do recorde no gasto, o número de viagens não aumentou no ano passado e se manteve em 20,6 milhões. A quantidade de domicílios no qual ao menos um morador relatou ter viajado nos três meses anteriores à pesquisa também permaneceu estável em 15 milhões, o que equivale a 19,3% do total.

Gasto

Em 2024, o gasto médio por viagem nacional com pernoite ficou em R$ 1.843, acima dos R$ 1.706 do ano anterior. Já o gasto diário por pessoa foi de R$ 268, superando o valor de 2023 (R$ 253).

O Nordeste é onde mais se gasta com viagens (R$ 2.523). O Sul (R$ 1.943) também superou a média nacional. Sudeste (R$ 1.684), Centro-Oeste (R$ 1.704) e Norte (R$ 1.263) ficam abaixo da média do Brasil.

Os três estados com maior gasto médio foram: Alagoas (R$ 3.790), Ceará (R$ 3.006) e Bahia (R$ 2.711). Na outra ponta, os quatro estados com menores gastos foram: Rondônia (R$ 930), Acre (R$ 1.019), Amapá (R$ 1.061) e Pará (R$ 1.085).

Quando se observa o valor consumido com base na origem da viagem, o Distrito Federal se destaca. Os viajantes do DF gastam em média R$ 3.090 por viagem. Na segunda colocação fica São Paulo (R$ 2.313).

Destino e duração

A pesquisa revela também que 96,7% das viagens foram nacionais. Dentro do Brasil, 80,9% de um total de 19,9 milhões tiveram a mesma região como origem e destino, ou seja, partiram do Nordeste para outro estado nordestino, por exemplo.

De cada quatro viagens, três (75,5%) são consideradas curtas, o que o IBGE classifica como até cinco pernoites.

O Distrito Federal lidera o ranking de proporção dos domicílios com pelos menos uma viagem. Enquanto no Brasil a parcela é de 19,4%, no DF chega a 26,7%.

Para o analista William Kratochwill, além da maior renda per capita do país, outro fator explica a liderança: “É uma região em que há muitas pessoas que vêm de fora ou para trabalho e pode ser que tenha a questão de visitar familiares em outras unidades da Federação”.