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Brown University se recusa a aderir a memorando do governo Trump

Brown University se recusa a aderir a memorando do governo Trump

Reuters

15/10/2025

Placeholder - loading - Centro Estudantil da Brown University em Providence, Rhode Island, EUA 17/08/2022 REUTERS/Brian Snyder
Centro Estudantil da Brown University em Providence, Rhode Island, EUA 17/08/2022 REUTERS/Brian Snyder

Por Brad Brooks

(Reuters) - A presidente da Brown University, Christina Paxson, disse nesta quarta-feira que se recusou a assinar memorando do governo Trump, tornando a Brown a segunda instituição de ensino a refutar a oferta enviada a nove universidades de elite, estabelecendo políticas detalhadas a serem seguidas para acesso preferencial ao financiamento federal.

Em uma carta endereçada à secretária de Educação Linda McMahon, Paxson disse que aceitar os termos do memorando 'restringiria a liberdade acadêmica e minaria a autonomia da governança da Brown' e que isso iria diretamente contra um acordo assinado em julho entre a Brown e o governo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem procurado erradicar o que ele rotula como pensamento extremista de esquerda das universidades dos EUA, que ele acusa de fomentar movimentos antiamericanos e antissemitas.

No memorando intitulado 'Compacto para a Excelência Acadêmica no Ensino Superior', o governo solicitou às nove faculdades de elite que limitem a 15% as matrículas internacionais em cursos de graduação, proíbam o uso de raça ou sexo nas contratações e admissões e definam gêneros com base na biologia. Na semana passada, o MIT se tornou a primeira das nove universidades de elite a recusar a assinatura do pacto.

As instituições que seguirem 'modelos e valores' além daqueles descritos no memorando poderão 'renunciar aos benefícios federais', diz o memorando, enquanto aquelas que cumprirem as regras poderão ser recompensadas.

O governo cancelou contratos federais de milhões de dólares com várias universidades como forma de pressioná-las a mudar drasticamente suas políticas de admissão e contratação, entre outras questões. Tribunais ordenaram que muitos dos cortes federais fossem restaurados.

Localizada em Providence, Rhode Island, a Brown assinou um acordo com o governo em julho, concordando em pagar US$50 milhões ao longo de uma década para apoiar o desenvolvimento da força de trabalho em seu Estado natal. Em troca, a administração restaurou o financiamento federal da universidade para ciências médicas e da saúde.

Na carta desta quarta-feira, Paxson escreveu que o acordo assinado pela Brown em julho 'afirma expressamente a falta de autoridade do governo para ditar nosso currículo ou o conteúdo do discurso acadêmico -- princípio que não está refletido no Compact'.

Liz Huston, porta-voz da Casa Branca, disse em uma declaração por escrito que 'o presidente Trump está empenhado em restaurar a excelência acadêmica e o bom senso em nossas instituições de ensino superior'.

'Qualquer universidade que se juntar a esse esforço histórico ajudará a moldar positivamente o futuro dos Estados Unidos', acrescentou.

No fim de semana, Trump escreveu nas mídias sociais que seu governo deve continuar a reprimir universidades que 'continuam a discriminar ilegalmente com base em raça ou sexo' e que estava convidando todas as instituições 'a firmar um acordo prospectivo com o governo federal para ajudar a trazer a Era de Ouro da Excelência Acadêmica no Ensino Superior'.

A Casa Branca disse que não entrou em contato com nenhuma outra instituição sobre esse acordo além das nove universidades de elite.

(Reportagem de Brad Brooks; reportagem adicional de Jim Oliphant)

Reuters

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