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Câmara aprova intervenção federal na segurança pública do DF após ataques na Praça dos Três Poderes

Câmara aprova intervenção federal na segurança pública do DF após ataques na Praça dos Três Poderes

Reuters

09/01/2023

Placeholder - loading - Trabalho de recuperação do Congress Nacional após ataques de bolsonaristas 09/01/2023 REUTERS/Amanda Perobelli
Trabalho de recuperação do Congress Nacional após ataques de bolsonaristas 09/01/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira, de maneira unânime e simbólica, o decreto que estabelece a intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal após os atos de vandalismo e depredação do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no domingo, o decreto determina a intervenção federal no DF 'com o objetivo de pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública, nos termos em que especifica'.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia anunciado um pouco antes em reunião com Lula e governadores que o decreto seria aprovado pela Câmara em votação simbólica.

Para o relator do decreto, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), há 'fortes indícios' de que o 'descaso' e a 'leniência' de autoridades distritais possam ter contrbuído para os atos na véspera.

'No caso específico, a causa ensejadora da perturbação social que compromete a ordem pública é gravíssima e autoriza a edição do Decreto Interventivo: os atos criminosos de 8 de janeiro incitam a ruptura com a ordem constituída, conclamam a dissolução das instituições democráticas e dos Poderes instituídos e exortam o estabelecimento de um novo governo, alicerçado em bases autoritárias e antidemocráticas, portanto incompatível com os fundamentos democráticos de nossa Constituição', afirmou.

O deputado avaliou que os ataques de domingo já haviam sido anunciados por lideranças ligadas ao ex-presidente em redes sociais e pronunciamentos, 'onde fica evidente que não reconhecem a derrota nas urnas do seu projeto político'.

Pelo decreto, a intervenção fica estabelecida até o dia 31 de janeiro, e Ricardo Cappelli fica nomeado como interventor, subordinado ao presidente da República.

A expectativa é que o decreto seja analisado pelo Senado na terça-feira.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Reuters

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