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Câmara conclui votação em 1º turno da reforma da Previdência, mas deixa 2º turno para agosto

Câmara conclui votação em 1º turno da reforma da Previdência, mas deixa 2º turno para agosto

Reuters

12/07/2019

Placeholder - loading - Plenário da Câmara dos Deputados 22/05/2019 REUTERS/Adriano Machado
Plenário da Câmara dos Deputados 22/05/2019 REUTERS/Adriano Machado

Atualizada em  12/07/2019

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados concluiu nesta sexta-feira, após três dias de votações em meio a negociações de última hora e momentos de desarticulação, o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, mas a segunda rodada só ocorrerá em agosto.

Deputados aprovaram na quarta o texto principal da reforma com uma larga margem, mas em diversos momentos ficou evidente a falta de coordenação do governo para manter o quórum e evitar uma derrota em plenário durante a análise de destaques.

Ainda assim, os deputados concluíram o primeiro turno de votação nesta sexta e devem, ainda, analisar o texto na comissão especial da reforma --o presidente do colegiado, Marcelo Ramos (PL-AM), anunciou em plenário que isso ocorreria tão logo acabasse a sessão.

Terminada a votação, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogerio Marinho, disse que a economia gerada pela reforma em dez anos deve ficar em cerca de 900 bilhões de reais, ante o 1 trilhão de reais inicialmente pretendido pelo governo. Ele ressaltou ainda que esses números serão refinados nos próximos dias.

Marinho estima que a PEC seja analisada em segundo turno pela Câmara no dia 6 de agosto e que a matéria seja aprovada pelo Senado até setembro.

A PEC precisa passar novamente pela comissão porque foi modificada durante a tramitação em plenário. Foram provadas regras mais brandas para os professores, uma emenda de consenso atendendo a demandas da bancada feminina, a redução do tempo de contribuição para homens na aposentadoria por idade e regras de transição para policiais.

Por outro lado, foi rejeitado por pouco uma emenda do PDT que previa a supressão do pedágio de 100% numa das regras de transição nos regimes próprio e geral da Previdência e manteria apenas os critérios de idade mínima e contribuição da proposta --60 para homens com 35 de contribuição e 57 para mulheres, com 30 de contribuição.

A derrubada da emenda só foi possível após o próprio PDT mudar sua orientação e sugerir aos integrantes de sua bancada que votassem contra o destaque. O movimento foi acompanhado pelo PSB, o que garantiu o quórum para manter o texto produzido pela comissão especial, em vez do proposto na emenda.

A desorganização e a ameaça de baixa do quórum também colocou governistas e deputados que trabalham pela reforma em estado de alerta quando se iniciou a votação de polêmicos destaques oferecidos pelo PT, com grande impacto na economia prevista pela PEC.

Com forte apelo entre os deputados, principalmente os integrantes da bancada evangélica, o primeiro destaque do PT --e que tinha as maiores chances de ser aprovado-- tentava retirar do texto da reforma a nova regra de cálculo da pensão por morte, que prevê uma cota familiar de 50% do valor da aposentadoria do segurado falecido, acrescida de cotas de 10 pontos percentuais por dependente até o máximo de 100%.

Os destaques do PT foram rejeitados.

(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu)

Reuters

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