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Centeno, do BCE, alerta para sinais de esfriamento do mercado de trabalho da zona do euro

Centeno, do BCE, alerta para sinais de esfriamento do mercado de trabalho da zona do euro

Reuters

04/10/2024

Placeholder - loading - Membro do BCE Mario Centeno 15/03/2021. REUTERS/Pedro Nunes/File Photo
Membro do BCE Mario Centeno 15/03/2021. REUTERS/Pedro Nunes/File Photo

LISBOA (Reuters) - O mercado de trabalho da zona do euro está começando a esfriar, o que é preocupante, já que pode levar a investimentos e crescimento abaixo da média, disse a autoridade do Banco Central Europeu Mário Centeno nesta sexta-feira.

A inflação na zona do euro está sob controle, acrescentou.

Os mercados estão apostando que o BCE terá de acelerar os cortes de juros em sua próxima reunião de 17 de outubro porque a inflação desacelerou para menos de 2% no mês passado, enquanto a região está à margem de uma recessão.

Falando em uma conferência em La Toja, na Espanha, Centeno disse: 'A questão do crescimento na Europa é central... e agora estamos começando a ver as primeiras dúvidas no mercado de trabalho.'

Ele apontou que a criação de vagas de emprego nas empresas europeias está 20% menor do que há dois anos e o número de pessoas recém-contratadas está 10% abaixo da máxima observada no segundo trimestre de 2022, 'que coincidentemente foi quando o BCE começou a aumentar os juros.'

'A dinâmica do mercado de trabalho está esfriando um pouco e esses são os primeiros números que devem nos preocupar', disse ele.

Isso já poderia sinalizar um nível mais baixo de investimento, enquanto a previsão atual do BCE aponta para o mesmo nível de 2023 nos próximos dois anos.

'Neste ponto do ciclo econômico, não é possível para uma economia do tamanho da zona do euro considerar seu futuro (de crescimento) sem investimento', disse ele.

Centeno afirmou ainda que o BCE 'tem que ser muito bom em comunicar' que as decisões tomadas hoje são para atingir uma inflação de 2% no médio prazo e que a trajetória de juros precisa ser previsível.

(Por Sergio Gonçalves e Andrei Khalip)

Reuters

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