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Chair do Fed diz que economia desacelerou no 1º trimestre, mas pode esperar por maior clareza

Placeholder - loading - Chair do Fed, Jerome Powell  19/03/2025. REUTERS/Nathan Howard/File Photo
Chair do Fed, Jerome Powell 19/03/2025. REUTERS/Nathan Howard/File Photo

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Por Howard Schneider e Ann Saphir

CHICAGO (Reuters) - O crescimento econômico dos Estados Unidos parece estar desacelerando, em meio a um crescimento moderado dos gastos do consumidor, uma onda de importações para evitar tarifas que provavelmente pesarão nas próximas estimativas do Produto Interno Bruto e piora da confiança, disse o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta quarta-feira.

'Apesar da elevada incerteza e dos riscos negativos, a economia dos EUA ainda se encontra em uma posição sólida', disse Powell em comentários preparados para serem apresentados no Clube Econômico de Chicago. Mas 'os dados disponíveis até o momento sugerem que o crescimento desacelerou nos primeiros meses do ano em relação ao ritmo sólido do ano passado.'

Analistas preveem que o crescimento continuará a desacelerar ao longo do ano, enquanto 'famílias e empresas relatam declínio acentuado na confiança e incerteza elevada sobre as perspectivas, refletindo em grande parte preocupações com a política comercial', disse Powell em referência às rápidas mudanças nos impostos de importação adotados pelo presidente Donald Trump.

Repetindo comentários feitos neste mês, o chefe do Fed observou que o impacto dessas e de outras mudanças 'ainda está evoluindo', mas provavelmente será 'maior do que o previsto', dado o escopo das tarifas que Trump parece defender, mesmo que as negociações entre os EUA e outros países possam eventualmente reduzi-las.

'À medida que soubermos mais, continuaremos a atualizar nossa avaliação', principalmente se quaisquer aumentos de preços provocados pelas tarifas pareçam provocar apenas uma alta temporária ou mais persistente da inflação.

Por enquanto, ele disse, o Fed pode deixar sua taxa básica de juros estável 'para esperar por maior clareza antes de considerar quaisquer ajustes em nossa postura de política monetária', disse Powell.

A taxa básica de juros do Fed está atualmente em uma faixa entre 4,25% e 4,5% desde dezembro, após uma série de cortes no final do ano. Desde então, o progresso no avanço da inflação para a meta de 2% do Fed desacelerou.

Apesar da incerteza e da natureza instável dos anúncios de tarifas de Trump, uma avaliação sobre seu provável impacto será fundamental para o próximo debate do Fed sobre se a taxa básica de juros deve ser mantida, reduzida ou até mesmo se deve ser avaliado um aumento.

'É muito provável que as tarifas gerem, pelo menos, um aumento temporário da inflação. Os efeitos inflacionários também podem ser mais persistentes', disse Powell. 'Evitar esse resultado dependerá do tamanho dos efeitos, de quanto tempo demora para que sejam totalmente repassados aos preços e, em última análise, de manter as expectativas de inflação de longo prazo bem ancoradas', um objetivo que as autoridades do Fed começaram a enfatizar.

Embora as expectativas de inflação no curto prazo 'tenham subido significativamente' devido às tarifas, Powell disse que as expectativas de longo prazo que o Fed observa mais de perto permanecem consistentes com a meta do Fed de inflação de 2%.

Com o Fed também monitorando o emprego, Powell disse que o mercado de trabalho permanece 'em condições sólidas' e 'com pleno emprego ou próximo dele'.

Mas se o Fed ficar preso entre o aumento da inflação e o aumento da taxa de desemprego, 'consideraremos qual a distância que a economia está de cada meta e os horizontes de tempo potencialmente diferentes ao longo dos quais se espera que essas respectivas lacunas sejam fechadas.'

(Reportagem de Ann Saphir)

Escrito por Reuters

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