Chanceler alemão diz que alguns parlamentares dos EUA 'não têm ideia' da escala de rearmamento da Rússia
Chanceler alemão diz que alguns parlamentares dos EUA 'não têm ideia' da escala de rearmamento da Rússia
Reuters
06/06/2025
BERLIM (Reuters) - Alguns parlamentares norte-americanos não entendem a escala da campanha de rearmamento da Rússia, disse o chanceler alemão Friedrich Merz na sexta-feira, um dia depois de ter conversado com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca.
'Eu me reuni com alguns senadores no Capitólio e disse a eles que, por favor, olhassem para o rearmamento que a Rússia está fazendo', declarou Merz em uma conferência de negócios em Berlim.
'Eles claramente não têm ideia do que está acontecendo lá agora', disse ele, sem identificar os senadores.
A Rússia alterou as fábricas de defesa para a produção ininterrupta desde o início de sua invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e assinou acordos de armas com a Coreia do Norte e o Irã, levando as autoridades europeias a alertar que Moscou poderia em breve estar em posição de atacar o território da Otan.
A Rússia, que elevou seu orçamento de defesa para 2025 ao nível mais alto desde a Guerra Fria, nega qualquer intenção nesse sentido e diz que está realizando uma 'operação militar especial' na Ucrânia para proteger sua própria segurança contra o que considera um Ocidente hostil.
Merz, um conservador que assumiu o poder em maio, é o mais recente líder europeu a visitar Trump na esperança de convencê-lo da necessidade de apoiar a Ucrânia contra a invasão da Rússia e continuar a ajudar a sustentar a segurança da Europa por meio da aliança da Otan.
Merz disse que ficou tranquilo com as palavras que Trump proferiu durante seu encontro público no Salão Oval, especialmente o 'retumbante não' do presidente dos EUA a uma pergunta sobre se os Estados Unidos tinham planos de se retirar da Otan.
Os países europeus têm aumentado os gastos com defesa desde que a invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia desencadeou o conflito mais sangrento do continente desde a Segunda Guerra Mundial.
(Reportagem de Friederike Heine e Andreas Rinke)
Reuters