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Chefe de ajuda da ONU diz que 2º comboio para Gaza pode levar a uma operação contínua de entregas

Placeholder - loading - Caminhões de ajuda chegam a um depósito da ONU na Faixa de Gaza 21/10/2023 REUTERS/Mohammed Salem
Caminhões de ajuda chegam a um depósito da ONU na Faixa de Gaza 21/10/2023 REUTERS/Mohammed Salem

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Por Aidan Lewis

CAIRO (Reuters) - A ONU espera que um segundo comboio de caminhões seja enviado a Gaza no domingo, sob um sistema de inspeção leve que permitirá o aumento de entregas na próxima semana, disse o seu chefe de auxílio humanitário.

Um primeiro comboio de 20 caminhões chegou a Gaza pela passagem de Rafah, que cruza do Egito, neste sábado, mas as tentativas de entregar bens e mantimentos ao enclave sitiado têm sido travadas pelas exigências israelenses de verificação.

O comboio com 20 caminhões foi anunciado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, após uma viagem para Israel na quarta-feira e não foi alvo de uma inspeção como as que as autoridades dizem que será necessária para entregas contínuas.

“Eu tenho ouvido esta tarde -- mas estamos negociando neste exato momento -- que talvez consigamos enviar outro comboio amanhã (domingo), talvez até um pouco maior, 20 a 30 caminhões”, disse o chefe de auxílio humanitário da ONU, Martin Griffiths, em uma entrevista durante uma conferência sobre Gaza no Cairo.

“É incrivelmente importante que não haja um intervalo na ajuda que está cruzando a fronteira”, disse. A ONU afirmou que 100 caminhões são necessários diariamente para cumprir as necessidades essenciais em Gaza, onde Israel impôs um “cerco total”, enquanto bombardeia o enclave em retaliação à invasão letal de militantes do Hamas.

Rafah é a principal rota para entrar ou sair da Faixa de Gaza que não está sob controle de Israel, que disse que não permitirá a entrada de auxílio pelo seu território até que o Hamas liberte os reféns que tomou durante o seu ataque em 7 de outubro.

Israel disse que auxílio pode entrar pelo Egito, desde que as entregas não caiam nas mãos do Hamas.

“O que precisa acontecer é concordarmos, e estamos em discussões, discussões duras, mas justas, com os israelenses sobre um regime de verificação”, disse Griffiths.

“Precisamos a partir de amanhã (domingo) construir um sistema de inspeção leve, eficiente e aleatório que não atrase as coisas”, disse Griffiths, comparando o possível sistema com aquele usado em Gaziantep para enviar auxílio da Turquia à Síria.

Os israelenses “precisam decidir quais agências do seu próprio sistema de governo estão envolvidas na inspeção e precisamos conseguir persuadi-los de que um sistema de inspeção leve funciona”, disse, acrescentando que uma maneira de acompanhar o uso de combustível, que não foi incluído na entrega de sábado, mas é necessário para hospitais e provisões de água em Gaza, também estava sendo discutido.

Griffiths disse que foi encorajado por comunicados de apoio financeiro na conferência do Cairo para “o que gostaríamos de pensar que, digamos, até o meio da próxima semana, seja uma operação de auxílio com a qual a população de Gaza possa contar”.

“É muita gente e eles estão com sérios problemas. Como vocês sabem, o sistema de saúde está de joelhos. A água está acabando. As pessoas estão falando de beber apenas água suja”, disse Griffiths.

(Reportagem de Aidan Lewis)

Escrito por Reuters

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