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China diz que investigação preliminar mostra que Nvidia violou lei antimonopólio

China diz que investigação preliminar mostra que Nvidia violou lei antimonopólio

Reuters

15/09/2025

Placeholder - loading - Imagem ilustrativa de logo da Nvidia 19/08/2025 REUTERS/Dado Ruvic
Imagem ilustrativa de logo da Nvidia 19/08/2025 REUTERS/Dado Ruvic

Atualizada em  15/09/2025

Por Eduardo Baptista e Arsheeya Bajwa

PEQUIM (Reuters) - O órgão regulador do mercado da China disse nesta segunda-feira que uma investigação preliminar descobriu que a Nvidia violou a lei antimonopólio do país, marcando o mais recente golpe para a gigante norte-americana de chips.

O anúncio da Administração Estatal para Regulamentação do Mercado ocorre no momento em que Estados Unidos e China realizam negociações comerciais em Madri, onde se espera que os chips, incluindo os fabricados pela Nvidia, estejam na pauta.

O anúncio do órgão foi provavelmente programado para dar à China influência enquanto as negociações comerciais estão em andamento, disseram analistas à Reuters.

'Ambos os lados parecem estar construindo alavancagem para negociar a partir de uma posição mais favorável, mas estão fazendo isso por meio de movimentos muito calculados porque entendem os riscos em jogo', disse Alfredo Montufar-Helu, diretor da empresa de consultoria estratégica GreenPoint.

CONTROLES TERÃO 'CONSEQUÊNCIAS'

Zhengyuan Bo, sócio da empresa de pesquisa Plenum, disse que a decisão preliminar do órgão chinês provavelmente faz parte de um contra-ataque à decisão do governo Trump na sexta-feira de colocar 23 empresas chinesas em uma lista negra de comércio dos EUA.

'É um aviso de que, se o paradigma de controle de exportação dos EUA funcionar da mesma forma que nos últimos anos, haverá consequências, e a China está disposta a infligir danos às empresas norte-americanas', disse Bo.

O anúncio do órgão chinês também pode complicar as aspirações do presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, de superar as tensões entre EUA e China para vender versões modificadas de chips mais avançados na segunda maior economia do mundo.

Huang visitou a China três vezes este ano para sinalizar o compromisso da empresa norte-americana com o mercado chinês, que nos últimos anos teve seu acesso aos chips mais avançados da Nvidia repetidamente restringido pelos controles de exportação dos EUA.

A declaração da autoridade chinesa não entrou em detalhes sobre como a empresa norte-americana pode ter violado as leis antimonopólio da China.

Em dezembro, a China lançou uma investigação sobre a Nvidia sobre o que disse serem suspeitas de violações da lei antimonopólio do país, uma investigação que foi amplamente vista como retaliação contra as restrições de Washington ao setor chinês de microprocessadores.

O órgão regulador chinês também disse que a Nvidia é suspeita de violar compromissos assumidos durante a aquisição da projetista israelense de chips Mellanox Technologies, de acordo com os termos descritos na aprovação condicional desse acordo em 2020.

Um desses termos era que a Nvidia continuaria a abastecer o mercado chinês com chips GPU, usados em computação. Nos últimos anos, a empresa foi forçada a encerrar as vendas de seus microprocessadores mais avançados devido aos controles de exportação implementados pela administração do ex-presidente dos EUA Joe Biden.

A Nvidia não comentou o assunto.

De acordo com a lei antitruste da China, as empresas podem enfrentar multas entre 1% e 10% de suas vendas anuais do ano anterior. A China gerou US$17 bilhões em receita para a Nvidia no ano fiscal que terminou em 26 de janeiro, ou 13% do total de vendas, com base em seu último relatório anual.

Também no mês passado, o órgão regulador do ciberespaço da China convocou representantes da Nvidia para explicar se o chip H20, que a Nvidia adaptou para a China, apresenta riscos de segurança que poderiam afetar os dados e a privacidade dos usuários chineses.

Reuters

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