Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

China e Rússia podem construir usina nuclear na Lua para abastecer estação lunar, diz autoridade

China e Rússia podem construir usina nuclear na Lua para abastecer estação lunar, diz autoridade

Reuters

23/04/2025

Placeholder - loading - Lua é vista sobre a cidade de Pequim 20/02/2022 REUTERS/Tingshu Wang
Lua é vista sobre a cidade de Pequim 20/02/2022 REUTERS/Tingshu Wang

Por Eduardo Baptista

XANGAI (Reuters) - A China está considerando construir uma usina nuclear na Lua para abastecer a Estação Lunar Internacional de Pesquisa (ILRS) que está planejando com a Rússia, mostrou uma apresentação de uma alta autoridade nesta quarta-feira.

A China pretende se tornar uma grande potência espacial e pousar astronautas na Lua até 2030, e sua missão Chang'e-8 planejada para 2028 estabeleceria as bases para a construção de uma base lunar permanente e tripulada.

Em uma apresentação em Xangai, o engenheiro-chefe da missão de 2028, Pei Zhaoyu, mostrou que o fornecimento de energia da base lunar também pode depender de painéis solares de grande escala e de oleodutos e cabos para aquecimento e eletricidade construídos na superfície da Lua.

A agência espacial russa Roscosmos disse no ano passado que planejava construir um reator nuclear na superfície lunar com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) até 2035 para abastecer a ILRS.

A inclusão da unidade de energia nuclear na apresentação de uma autoridade espacial chinesa em uma conferência para autoridades dos 17 países e organizações internacionais que compõem a ILRS sugere que Pequim apoia a ideia, embora nunca a tenha anunciado formalmente.

'Uma questão importante para a ILRS é o fornecimento de energia, e nisso a Rússia tem uma vantagem natural. Quando se trata de usinas nucleares, especialmente enviando-as ao espaço, ela lidera o mundo, está à frente dos Estados Unidos', disse Wu Weiren, projetista-chefe do programa de exploração lunar da China, à Reuters, à margem da conferência.

Após pouco progresso nas negociações sobre um reator espacial no passado, 'espero que desta vez ambos os países possam enviar um reator nuclear para a Lua', disse Wu.

O cronograma da China para construir um posto avançado no polo sul da Lua coincide com o programa Artemis, mais ambicioso e avançado da Nasa, que visa colocar astronautas norte-americanos de volta à superfície lunar em dezembro de 2025.

Wu disse no ano passado que um 'modelo básico' da ILRS, com o polo sul da Lua como núcleo, seria construído até 2035.

No futuro, a China criará o 'Projeto 555', convidando 50 países, 500 instituições internacionais de pesquisa científica e 5.000 pesquisadores estrangeiros para se juntarem à ILRS.

Pesquisadores da Roscosmos também fizeram uma apresentação na conferência em Xangai, compartilhando detalhes sobre planos para procurar recursos minerais e hídricos, incluindo a possibilidade de usar material lunar como combustível.

A ILRS precedeu a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, mas os incentivos para cooperação entre a Roscosmos e a CNSA aumentaram desde o início da guerra, de acordo com analistas chineses.

Com os rápidos avanços tecnológicos e as conquistas lunares da China, e com as sanções ocidentais impedindo a Roscosmos de importar muitas tecnologias e equipamentos espaciais, a China agora pode 'aliviar a pressão' sobre a Rússia e ajudá-la a 'alcançar novos avanços em lançamentos de satélites, exploração lunar e estações espaciais', escreveu Liu Ying, pesquisador da academia diplomática do Ministério das Relações Exteriores da China, em um artigo de jornal no ano passado.

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.