China, em resposta a vídeos da CIA, alerta sobre medidas contra 'infiltração e sabotagem'
China, em resposta a vídeos da CIA, alerta sobre medidas contra 'infiltração e sabotagem'
Reuters
06/05/2025
PEQUIM (Reuters) - A China alertou nesta terça-feira que tomará as medidas necessárias para reprimir 'atividades de infiltração e sabotagem de forças estrangeiras anti-China', dias depois que a CIA divulgou vídeos visando induzir autoridades chinesas a vazar segredos para os EUA.
Na semana passada, a agência de inteligência dos EUA publicou dois vídeos curtos em chinês em suas contas de mídia social retratando cenas fictícias em que uma autoridade sênior chinesa e um funcionário mais jovem do governo com acesso a informações confidenciais ficam desiludidos com o sistema da China e procuram a CIA.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China chamou os vídeos de 'confissão condenatória' dos esforços da CIA em 'roubar' segredos de outros países.
'Os EUA não apenas difamam e atacam maliciosamente a China, mas também enganam e atraem descaradamente os funcionários chineses para o seu lado, e até mesmo visam diretamente os funcionários do governo chinês', disse o porta-voz Lin Jian em uma coletiva de imprensa quando perguntado sobre os vídeos.
'Isso é uma violação grave dos interesses nacionais da China e uma provocação política nua e crua.'
A advertência de Pequim foi feita no momento em que os dois países prometem intensificar os esforços de contrainteligência em meio a acusações mútuas de espionagem.
No mês passado, o Ministério de Segurança do Estado da China divulgou o caso de uma funcionária do governo que vendia segredos de Estado, gravava secretamente reuniões internas e roubava arquivos confidenciais, depois de entrar em contato com uma agência de espionagem estrangeira por email.
A funcionária foi pega antes que pudesse deixar o país, disse o ministério em um vídeo publicado em sua conta de mídia social. A pasta não mencionou o nome da agência de inteligência estrangeira.
Rússia, China, Irã e Coreia do Norte são conhecidos na comunidade de inteligência dos EUA como 'alvos difíceis' -- países cujos governos são difíceis de penetrar.
(Reportagem da Redação de Pequim)
Reuters