China pede que G7 pare de 'manipular' questões relacionadas a Pequim em sua agenda
China pede que G7 pare de 'manipular' questões relacionadas a Pequim em sua agenda
Reuters
13/06/2025
PEQUIM (Reuters) - A China alertou os países do G7 nesta sexta-feira contra a 'manipulação' de questões relacionadas à segunda maior economia do mundo em sua própria agenda, depois de o grupo ter acusado Pequim de práticas comerciais injustas no ano anterior.
As críticas de Pequim ao G7 e ao que ele representa ocorrem em meio a um aumento na tensão comercial global entre os Estados Unidos e a China neste ano, bem como entre os membros do bloco.
Em comentários antes da cúpula de três dias do G7 no Canadá, marcada para começar no domingo, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, acusou o grupo de sempre ter mantido uma mentalidade de Guerra Fria.
O bloco deve 'parar de interferir nos assuntos internos de outros países, parar de minar o desenvolvimento de outros países e parar de manipular questões relacionadas à China', disse Lin em uma coletiva de imprensa regular.
O G7 provoca conflitos e confrontos, disse Lin, acrescentando que tais práticas estão 'fadadas ao fracasso'.
No comunicado após a cúpula de 2024 na Itália, que mencionou a China mais de 20 vezes, o G7 disse que suas empresas precisavam ser protegidas das práticas comerciais injustas de Pequim.
O grupo também alertou para a necessidade de medidas contra instituições financeiras chinesas que ajudaram a Rússia a obter armas para sua guerra na Ucrânia.
A participação de países de fora do grupo, como a Índia e o Brasil, no evento do ano passado também irritou a China, que considerou a medida como uma tentativa de semear a discórdia entre os países do Sul Global.
Cinco dos sete membros do G7 - Reino Unido, Canadá, Alemanha, Japão e Estados Unidos - contarão com novos líderes na cúpula da próxima semana.
(Por Colleen Howe)
Reuters