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Citi piora projeção fiscal para Brasil mesmo com perspectiva de redução da PEC da Transição

Citi piora projeção fiscal para Brasil mesmo com perspectiva de redução da PEC da Transição

Reuters

18/11/2022

Placeholder - loading - Prédio do Congresso Nacional em Brasília 25/05/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Prédio do Congresso Nacional em Brasília 25/05/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

Atualizada em  18/11/2022

SÃO PAULO (Reuters) - O Citi piorou suas projeções para a dívida pública do Brasil devido a medidas de flexibilização fiscal planejadas pelo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que o banco norte-americano espere que a PEC da Transição --que busca excluir despesas do teto de gastos-- seja diluída durante sua tramitação no Congresso.

'Pioramos nossas projeções fiscais para os anos seguintes, com a dívida pública chegando a 89% do PIB ao final do governo Lula', disse o Citi em relatório nesta sexta-feira.

Sob o novo cenário do banco, o governo brasileiro apresentará um déficit primário de 1,6% do PIB em 2023, ante resultado primário próximo de 0,0% do PIB previsto para este ano, enquanto a dívida pública deve passar de 75,8% do PIB em 2022 para 81,0% do PIB no ano que vem.

As projeções do Citi vieram depois que o governo eleito apresentou nesta semana a minuta da PEC da Transição, cujo texto embutiu proposta de excepcionalizar 175 bilhões de reais do teto de gastos para o pagamento do Bolsa Família por tempo indeterminado.

'Esperamos que o tamanho e duração (da PEC) sejam diluídos durante as negociações (no Congresso)' em resposta a reações muito adversas do mercado e importantes economistas brasileiros, disse o Citi no relatório. No entanto, 'como há outras medidas que Lula tentaria aprovar nos anos seguintes, os riscos fiscais permaneceriam', alertou o banco.

Entre essas medidas, o Citi destacou possível tentativa de Lula de aumentar os salários de funcionários públicos em algum momento de sua gestão, bem como chances de que o novo governo busque manter cortes de impostos promovidos neste ano pela gestão do presidente Jair Bolsonaro.

Sob o cenário básico do credor norte-americano, Lula conseguirá aprovar uma PEC que excluiria 150 bilhões de reais (1,5% do PIB) do teto de gastos em 2023. 'Isso não seria financiado, impactando diretamente as contas fiscais', estimou o Citi.

'A partir de 2024, assumimos que o tamanho da flexibilização (gastos públicos extra-teto) diminuirá em 50 bilhões de reais por ano. Em outras palavras, teríamos um gasto público extra de 100 bilhões em 2024, 50 bilhões em 2025 e nenhuma flexibilização em 2026 (em conformidade com o teto de gastos)', previu o Citi.

(Por Luana Maria Benedito)

Reuters

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