Com crise de energia piorando, cubanos recorrem ao carvão para cozinhar
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SAN NICOLAS DE BARI (Reuters) - Para Maria Elena Veiga, uma dona de casa cubana de 60 anos vivendo nos arredores de Havana, o carvão se tornou o principal combustível para cozinhar, devido a frequentes apagões da rede elétrica da ilha.
“Nós optamos por cozinhar com carvão, que é o que podemos fazer, porque ao contrário teremos que nos esforçar bastante para comer”, disse Veiga, que vive em San Nicolás de Bari, cerca de 60 kms ao noroeste da capital.
Apagões tornaram-se uma realidade diária para muitos cubanos. Algumas áreas estão ficando sem eletricidade por mais de 20 horas por dia, principalmente em cidades distantes da capital.
“O dia está péssimo”, afirmou Veiga. “Não tem energia e o gás é escasso”.
Uma escassez de combustível e o envelhecimento das usinas termoelétricas do país deixaram o fornecimento de energia de Cuba vulnerável. A maioria das usinas movidas a óleo está inativa e a escassez de combustível dificulta que geradores a diesel apoiem a rede nacional.
No fim do ano passado, vários colapsos da rede deixaram o país com cerca de 10 milhões de habitantes totalmente no escuro.
“A eletricidade é muito ruim. Às vezes passamos o dia inteiro sem energia”, disse Mirella Martínez, 72 anos, enquanto cozinhava e mexia levemente uma panela de feijão em cima de um pequeno fogão a carvão.
(Reportagem de Mario Fuentes e Norlys Perez)
Escrito por Reuters
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