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Combates continuam em Gaza e palestinos esperam pausa por vacinação contra pólio

Placeholder - loading - Mãe do menino palestino Abdul Rahman Abu Al-Jidyan, que é a primeira pessoa a contrair poliomielite em Gaza em 25 anos, cuida dele em Deir Al-Balah  28/8/2024   REUTERS/Ramadan Abed
Mãe do menino palestino Abdul Rahman Abu Al-Jidyan, que é a primeira pessoa a contrair poliomielite em Gaza em 25 anos, cuida dele em Deir Al-Balah 28/8/2024 REUTERS/Ramadan Abed

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Por Nidal al-Mughrabi e Mohammad Salem

CAIRO/GAZA (Reuters) - Os palestinos em Gaza estavam esperando na quinta-feira para ver se haveria uma pausa nos combates para permitir o início de uma campanha de vacinação contra a poliomielite, enquanto o conflito se alastrava pelo enclave sitiado, matando pelo menos 34 pessoas.

As Nações Unidas estão se preparando para vacinar cerca de 640 mil crianças em Gaza, onde a Organização Mundial da Saúde confirmou, em 23 de agosto, que pelo menos um bebê ficou paralisado devido ao poliovírus tipo 2, o primeiro caso desse tipo no território em 25 anos.

A ONU, que pediu uma trégua humanitária neste mês, espera iniciar a campanha de vacinação em 1º de setembro, disse Juliette Touma, diretora de comunicações da UNRWA, a agência de refugiados palestinos da ONU.

A Organização Mundial da Saúde disse que o bebê se chama Abdul-Rahman Abu Al-Jidyan. Ele completará um ano de idade em 1º de setembro.

Sua mãe, Nivine Abu Al-Jidyan, declarou que temia por seu filho depois que as autoridades de saúde lhe disseram que pouco poderiam fazer para ajudá-lo.

'Fiquei chocada com o fato de meu filho ter contraído essa doença em meio à guerra e ao fechamento das passagens de fronteira. Nessas condições e com a falta de medicamentos...ele continuará assim?', disse Abu Al-Jidyan à Reuters nesta quinta-feira.

'Ele é meu único bebê. É seu direito viajar e ser tratado; é seu direito andar, correr e se mover como antes. É injusto que ele fique jogado na barraca sem cuidados ou atenção', afirmou ela de uma barraca em Deir Al-Balah, na região central da Faixa de Gaza.

No Nasser Hospital, na cidade de Khan Younis, no sul do país, Umm Eliane Bakr teme que sua filha de 19 meses esteja vulnerável à poliomielite devido à má saúde causada pela desnutrição.

Ela espera que sua bebê seja vacinada em breve, mas disse que está preocupada em se locomover com segurança em uma área onde houve repetidos ataques israelenses.

'Não posso andar na rua e ser bombardeada, ou acontecer algo com minha filha, ou ser alvo de um ataque. Preciso de uma trégua, um cessar-fogo para que eu possa dar a minha filha essa injeção (vacina)', disse ela à Reuters.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou esta semana relatos da mídia de que Israel estava se preparando para uma trégua humanitária generalizada, dizendo que um plano mais limitado havia sido apresentado.

'Essas não são pausas nos combates para administrar vacinas contra a pólio, mas apenas a alocação de certos lugares na Faixa de Gaza', disse ele em um comunicado.

O oficial sênior do Hamas Izzat El-Reshiq reiterou o apoio do grupo à iniciativa da ONU e das organizações internacionais para uma trégua humanitária urgente em todo o enclave, a fim de permitir a campanha de vacinação contra a pólio.

Ele descreveu a declaração de Netanyahu como uma tentativa de frustrar o processo ao recusar o apelo da ONU.

Nesta quinta-feira, as forças israelenses continuaram a bombardear áreas da Faixa de Gaza em sua batalha contra os militantes liderados pelo Hamas. Autoridades de saúde palestinas disseram que os ataques militares israelenses mataram, até o momento, pelo menos 34 pessoas.

Escrito por Reuters

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