Comissão Europeia reduz previsão de crescimento da zona do euro por guerra comercial dos EUA
Comissão Europeia reduz previsão de crescimento da zona do euro por guerra comercial dos EUA
Reuters
19/05/2025
BRUXELAS (Reuters) - A economia da zona do euro crescerá mais lentamente neste ano e no próximo devido à guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos e à incerteza sobre quando e como ela terminará, disse a Comissão Europeia nesta segunda-feira.
Em uma previsão para os 27 países da União Europeia e os 20 países que compartilham o euro, o braço executivo da UE disse que o Produto Interno Bruto da zona do euro crescerá apenas 0,9% este ano, em vez dos 1,3% esperados em novembro passado.
Em 2026, a expansão da zona do euro deverá acelerar para 1,4%, mas isso ainda será menor do que os 1,6% que a Comissão esperava há seis meses.
'A perspectiva de crescimento foi revisada significativamente para baixo. Isso se deve, em grande parte, a uma perspectiva de enfraquecimento do comércio global e a uma maior incerteza quanto à política comercial', afirmou a Comissão.
Segundo a Comissão, as perspectivas de crescimento foram baseadas na suposição de que os EUA manterão suas tarifas no nível atual de 10% sobre todos os produtos da UE, 25% sobre aço, alumínio e automóveis e nenhuma tarifa sobre produtos farmacêuticos e semicondutores.
'Os riscos para a perspectiva estão inclinados para o lado negativo. Uma maior fragmentação do comércio global pode mitigar o crescimento do PIB e reacender as pressões inflacionárias. Os desastres relacionados ao clima também estão mais frequentes e continuam sendo uma fonte persistente de risco de queda para o crescimento', disse a Comissão.
Mas o crescimento pode se recuperar se houver uma diminuição das tensões comerciais entre a UE e os EUA ou uma expansão mais rápida do comércio da Europa com outros países, bem como por meio de maiores gastos com defesa na UE.
O desemprego na zona do euro continuará caindo neste ano e no próximo, chegando a 6,1% em 2026, e a inflação ao consumidor deverá desacelerar para 2,1% neste ano e 1,7% em 2026, em comparação com 2,4% no ano passado, segundo a Comissão.
(Reportagem de Jan Strupczewski)
Reuters