Comitê aprova orçamento da Alemanha para 2025 com muitos investimentos
Comitê aprova orçamento da Alemanha para 2025 com muitos investimentos
Reuters
05/09/2025
Por Maria Martinez e Christian Kraemer
BERLIM (Reuters) - O comitê de orçamentário da Alemanha finalizou o orçamento para 2025 com investimentos recordes para reanimar a economia e um forte compromisso com os gastos com defesa, disseram pessoas familiarizadas com o assunto na quinta-feira.
A Alemanha tem operado com um orçamento provisório este ano depois que a antiga coalizão governista entrou em colapso em novembro passado, sem tempo para aprovar os planos de gastos para 2025. O orçamento finalizado na quinta-feira será agora aprovado pelo Parlamento ainda neste mês.
O orçamento principal, com gastos totais de 502,5 bilhões de euros, inclui 62,7 bilhões de euros em investimentos, de acordo com um documento visto pela Reuters, com apenas pequenas alterações em relação a uma minuta aprovada pelo gabinete antes do recesso de verão.
O aumento dos investimentos é possível graças a um fundo especial de infraestrutura de 500 bilhões de euros e a uma isenção das regras de dívida para gastos com defesa aprovada em março.
Somando-se os investimentos adicionais do fundo de infraestrutura e de um fundo especial de 100 bilhões de euros para a defesa, criado pelo ex-chanceler Olaf Scholz após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o orçamento tem um valor total de 591 bilhões de euros.
O orçamento principal prevê um empréstimo de 81,7 bilhões de euros em 2025, de acordo com o documento.
O total de empréstimos aumenta para 143,1 bilhões de euros, acrescentando 37,2 bilhões de euros do fundo especial de infraestrutura e 24,1 bilhões de euros do fundo especial de defesa.
O AfD, de direita, o principal partido de oposição no Parlamento, criticou a flexibilização do 'freio da dívida' da Alemanha, que limita os empréstimos a 0,35% do PIB.
'O governo não pode jogar dinheiro em todos os problemas da Alemanha', disse o especialista em orçamento do AfD, Michael Espendiller, em Berlim, nesta sexta-feira. 'Isso não resolveria nenhum problema, apenas os adiaria'.
(Reportagem de Maria Martinez e Christian Kraemer)
Reuters