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Construção civil vê com preocupação potencial impacto de tarifas dos EUA no PIB, diz Cbic

Construção civil vê com preocupação potencial impacto de tarifas dos EUA no PIB, diz Cbic

Reuters

28/07/2025

Placeholder - loading - Construção no Rio de Janeiro 27/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Construção no Rio de Janeiro 27/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares

SÃO PAULO (Reuters) - O setor da construção civil vê com preocupação os potenciais impactos das tarifas de 50% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Brasil no Produto Interno Bruto (PIB) doméstico, disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Renato Correia, nesta segunda-feira.

'Preocupa bastante o impacto disso na economia como um todo', afirmou Correia após apresentação do desempenho do setor no segundo trimestre. 'Para a construção civil, que usa muito pouco a exportação, é muito mais o reflexo disso na nossa economia, na geração de emprego e na geração de PIB. Nós temos um crescimento muito atrelado ao PIB.'

Segundo o presidente, o receio do setor é em relação ao quanto as tarifas norte-americanas, previstas para entrarem em vigor a partir de sexta-feira, podem afetar negativamente o PIB. 'Vamos ter que acompanhar os desdobramentos disso', acrescentou.

A indústria da construção civil tem experimentado um bom momento, com o setor alcançando em maio o maior número de trabalhadores formais em mais de 10 anos, segundo análise da Cbic com base em dados do Caged, mas a entidade tem apontado incertezas à frente, diante de juros elevados, custos acima da inflação e outros fatores que citou como desafios para 2025.

A Cbic manteve projeção de crescimento de 2,3% para o setor em 2025, desaceleração em relação à expansão de 3,4% em 2024.

Para a economista-chefe da entidade, Ieda Vasconcelos, a estimativa carrega um 'leve otimismo', sustentado pela inércia de lançamentos anteriores, que ainda geram atividade e emprego. Mas, segundo a Cbic, as expectativas para novos empreendimentos e serviços caíram para o segundo menor patamar do ano.

'Estamos vivenciando o reflexo do que foi lançado nos últimos dois anos. Se o atual ambiente de juros elevados persistir, há risco de desaceleração mais acentuada a partir de 2026', disse Ieda em comunicado que acompanha a apresentação.

A entidade também chamou atenção para uma redução de 62,9% na quantidade de unidades financiadas com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) nos primeiros cinco meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado, ressaltando o custo de crédito elevado com a Selic a 15% ao ano.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas; edição Michael Susin)

Reuters

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