Copel mantém previsão de migrar para Novo Mercado este ano mesmo com atraso da assembleia
Copel mantém previsão de migrar para Novo Mercado este ano mesmo com atraso da assembleia
Reuters
07/08/2025
SÃO PAULO (Reuters) - A Copel poderá realizar a migração da companhia para o Novo Mercado da B3 ainda este ano, apesar de um 'pequeno atraso' na assembleia de acionistas que deliberará sobre o tema, disse nesta quinta-feira o CEO da elétrica, Daniel Slaviero.
Em teleconferência de resultados, o executivo disse que a companhia foi 'surpreendida' pela decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de suspender a convocação da assembleia, por 15 dias, após deferir pedido feito por 'um único acionista PNA'.
'Lembro que esta classe de ação representa cerca de apenas 3 milhões de ações no universo de 3 bilhões de ações, ou seja, pouco mais de 0,1% do capital total da companhia. E mesmo com esta representatividade, a nossa proposta traz benefício para as PNAs, em especial no aumento significativo da liquidez', disse.
'Nós confiamos que a CVM não dará guarida a nenhum tipo de abuso por qualquer acionista em detrimento ao bem da companhia e aos nossos mais de 360 mil acionistas minoritários', acrescentou.
O conselho da Copel aprovou em junho proposta para viabilizar a migração, envolvendo a criação de uma nova classe de ações preferenciais classe C (PNC) compulsoriamente resgatável, além da conversão obrigatória de todas as ações preferenciais classes A e B em ações ordinárias e preferenciais classe C (PNC), na proporção de 1 ação ordinária e 1 ação PNC para cada ação preferencial classe A ou B.
A estrutura também inclui o resgate integral dos papéis PNC imediatamente após a conversão, pelo valor de R$0,7749 por ação.
Segundo Slaviero, a migração para o nível mais alto de governança da B3 destravará valor para companhia e permitirá atração de novos investidores, principalmente estrangeiros.
Ele disse ainda que o atraso no cronograma do processo não afeta a previsão de pagamento de dividendos pela companhia, que manterá os termos da política atual, com dois pagamentos anuais.
(Por Letícia Fucuchima)
Reuters