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Coreia do Norte diz que Trump precisa aceitar nova realidade nuclear

Coreia do Norte diz que Trump precisa aceitar nova realidade nuclear

Reuters

29/07/2025

Placeholder - loading - Kim Yo Jong no Vietnã  2/3/2019   REUTERS/Jorge Silva
Kim Yo Jong no Vietnã 2/3/2019 REUTERS/Jorge Silva

Por Jack Kim

SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte disse na terça-feira que os Estados Unidos precisam aceitar que a realidade mudou desde as reuniões de cúpula dos dois países no passado, e que nenhum diálogo futuro acabaria com seu programa nuclear, informou a mídia estatal KCNA.

Kim Yo Jong, a poderosa irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, que supostamente fala em nome de seu irmão, disse que admite que o relacionamento pessoal entre Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, 'não é ruim'.

Mas se Washington pretendesse usar um relacionamento pessoal como forma de acabar com o programa de armas nucleares da Coreia do Norte, o esforço seria apenas objeto de 'zombaria', disse Kim Yo Jong em uma declaração divulgada pela KCNA.

'Se os EUA não aceitarem a mudança da realidade e persistirem no passado fracassado, a reunião entre a RPDC e os EUA permanecerá como uma 'esperança' do lado norte-americano', disse ela, referindo-se ao nome oficial da Coreia do Norte, República Popular Democrática da Coreia.

As capacidades da Coreia do Norte como um Estado com armas nucleares e o ambiente geopolítico mudaram radicalmente desde que Kim e Trump conversaram três vezes durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, segundo ela.

'Qualquer tentativa de negar a posição da RPDC como um Estado com armas nucleares ... será totalmente rejeitada', afirmou.

Destacando a melhoria dos laços entre a Coreia do Norte e a Rússia, outra reportagem da KCNA observou a retomada do primeiro voo direto de passageiros entre Pyongyang e Moscou em décadas, que chegou à capital norte-coreana na segunda-feira.

O voo foi retomado 'em meio às crescentes visitas e ao contato entre' a Coreia do Norte e a Rússia, confirmou a KCNA nesta terça-feira.

A Coreia do Norte forneceu soldados e armamentos para a guerra da Rússia na Ucrânia, um movimento que foi criticado pelos EUA e seus aliados, que, por sua vez, acusaram Moscou de dar ajuda tecnológica a Pyongyang em troca de seu apoio.

Questionado sobre a declaração norte-coreana, um funcionário da Casa Branca disse que Trump ainda estava comprometido com o objetivo que tinha para as três reuniões de cúpula que realizou com Kim em seu primeiro mandato.

'O presidente mantém esses objetivos e continua aberto a se envolver com o líder Kim para alcançar uma Coreia do Norte totalmente desnuclearizada', disse o funcionário da Casa Branca à Reuters.

(Reportagem de Jack Kim, Joyce Lee em Seul e Trevor Hunnicutt em Washington)

Reuters

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