Coreia do Sul protesta contra reivindicação de ilha em estratégia de segurança nacional do Japão
Coreia do Sul protesta contra reivindicação de ilha em estratégia de segurança nacional do Japão
Reuters
16/12/2022
SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul emitiu um forte protesto contra a reivindicação territorial do Japão sobre ilhas disputadas, feita em uma estratégia de segurança nacional divulgada nesta sexta-feira por Tóquio, ao mesmo tempo que adotou cautela na resposta aos planos japoneses de realizar seu maior incremento militar desde a Segunda Guerra Mundial.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que tomou posse em maio, tentou melhorar os laços com Tóquio, prejudicados pela disputa territorial sobre as ilhas e pelas disputas históricas decorrentes da ocupação japonesa da Coreia entre 1910 e 1945.
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul exigiu nesta sexta-feira a retirada imediata das reivindicações territoriais dos documentos de estratégia nacional do Japão, dizendo em um comunicado que a medida não contribuiu em nada para 'construir uma relação orientada para o futuro' entre os dois países.
O Ministério das Relações Exteriores disse mais tarde que convocou um diplomata graduado da embaixada do Japão em Seul para apresentar o protesto. O Ministério da Defesa, separadamente, disse que convocou um oficial de defesa japonês para protestar contra a reivindicação.
As ilhas conhecidas como Dokdo na Coreia e Takeshima no Japão são controladas por Seul com um pequeno contingente de guardas costeiros.
Em um outro comunicado, o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano disse esperar que a implementação da nova política de segurança do Japão seja transparente e contribua para a paz e estabilidade regional, ao mesmo tempo que o país continua a manter o espírito de uma Constituição pacifista.
Qualquer exercício de capacidade de ataque contra a península coreana 'deve necessariamente envolver consultas e acordos estreitos' com a Coreia do Sul, disse, numa aparente referência a possíveis ações para combater a agressão da Coreia do Norte.
Yoon, que fez da melhoria da cooperação com o Japão uma prioridade fundamental da segurança nacional, disse à Reuters em uma entrevista em novembro, que é compreensível que o Japão aumente seus gastos com defesa, dada a crescente ameaça do programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte.
(Reportagem de Jack Kim e Soo-hyang Choi)
Reuters