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Custo de vida em SP desacelerou em janeiro, segundo a Fecomercio

Variação foi a menor para o mês desde 2018

Redação

10/03/2025

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Custo de vida em SP desacelerou em janeiro, segundo a Fecomercio

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo registrou uma leve alta de 0,06% em janeiro, a menor taxa para o mês desde 2018, quando a variação foi de 0,05%. No acumulado de 12 meses, o índice está em 4,76%, de acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O grupo de alimentos e bebidas apresentou elevação significativa de 0,42%. Alguns produtos ficaram especialmente mais caros, como o café moído (8,8%), o tomate (18,9%) e a cenoura (16,8%). As carnes, no entanto, tiveram o primeiro recuo (-0,79%) após cinco meses de aumento, seguindo a estabilização da arroba do boi.

A estabilidade observada em janeiro não reflete uma mudança estrutural na tendência de alta, mas fatores pontuais, como a expressiva redução do preço médio da energia elétrica. Na verdade, a Fecomercio prevê que a inflação volte a ser maior em fevereiro.

Ao contrário dos últimos meses, o custo de vida ficou mais baixo para as camadas mais pobres. No caso da classe E, a deflação foi de -0,17%, enquanto ficou em -0,13% para a classe D. Para as classes A e B, houve aumento de 0,25% e 0,16%, respectivamente.

O principal fator para essa desaceleração foi a queda no grupo habitação (-2,63%), afetando mais as classes de menor renda (-3,31% na classe D contra -1,25% na classe A). A energia elétrica residencial teve um recuo de 15,9%, influenciado pela distribuição de bônus para os consumidores da empresa Itaipu.

O grupo vestuário também apresentou queda (-0,46%), influenciando o resultado geral. Peças como bermudas infantis (-3%), vestidos (-2,8%) e calças femininas (-1,1%) registraram os maiores recuos.

Por outro lado, o grupo transportes registrou uma elevação de 1,52% em janeiro, pois os combustíveis pressionaram os preços, com aumento do etanol (1,8%) e da gasolina (0,8%). O segmento de serviços também apresentou forte impacto, com passagens aéreas subindo 8,1% e reajustes na tarifa do transporte público, de ônibus municipais (+5,2%) e intermunicipais (+4%). As famílias de menor renda foram as mais afetadas, com o grupo transportes subindo 2,17% na classe E, e 1,19% na classe A.

O grupo saúde registrou aumento de 0,85%, sendo os principais responsáveis pela alta os perfumes (3,4%), os produtos dermatológicos (2,7%) e os remédios oftalmológicos (1,8%) - influenciados pela desvalorização cambial.

O Índice de Preços ao Consumidor por Faixa de Renda (IPV) aponta que o custo de vida teve maior alta no acumulado de 12 meses para as classes B (4,73%) e D (4,72%), enquanto as variações foram de 4,70% para a classe C e 4,68% para a classe E. No recorte mensal, as classes A e C registraram aumentos de 0,48% e 0,38%, respectivamente, enquanto para as classes D e E, a alta foi de 0,36% para cada uma.

A diferença na percepção da inflação entre as faixas de renda está diretamente ligada à distribuição dos gastos. As classes de menor poder aquisitivo concentram seus orçamentos em itens essenciais, tornando os aumentos desses produtos mais perceptíveis. Já os grupos de renda mais alta enfrentam variações de preços em uma cesta de consumo mais diversificada, o que dilui o efeito da inflação.

Redação

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