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Decisão dos EUA sobre aquisição da US Steel foi adiada para depois da eleição, dizem fontes

Decisão dos EUA sobre aquisição da US Steel foi adiada para depois da eleição, dizem fontes

Reuters

18/09/2024

Placeholder - loading - Trabalhador do setor siderúrgico entra em unidade da U.S. Steel em Granite City, no Estado norte-americano de Illinois 24/05/2018 REUTERS/Lawrence Bryant
Trabalhador do setor siderúrgico entra em unidade da U.S. Steel em Granite City, no Estado norte-americano de Illinois 24/05/2018 REUTERS/Lawrence Bryant

Por Jeff Mason e Alexandra Alper e Katya Golubkova

WASHINGTON/TÓQUIO (Reuters) - Um painel de segurança nacional dos Estados Unidos, que está analisando a oferta de 14,9 bilhões de dólares da Nippon Steel pela U.S. Steel, permitiu que as empresas apresentem novamente seu pedido de aprovação do negócio, disse uma pessoa familiarizada com o assunto, adiando uma decisão sobre a fusão para até depois da eleição presidencial norte-americana de 5 de novembro.

A medida oferece um raio de esperança para as empresas, cuja proposta de união parecia destinada a ser bloqueada quando o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês) alegou, em 31 de agosto, que a transação representava um risco para a segurança nacional ao ameaçar a cadeia de suprimento de aço para indústrias críticas dos EUA.

O CFIUS precisa de mais tempo para entender o impacto do acordo sobre a segurança nacional e se envolver com as partes, disse a fonte na terça-feira. A reapresentação estabelece um novo prazo de 90 dias para análise da proposta de união e tomada de uma decisão.

Espera-se que a revisão leve cerca de 90 dias, disse outra pessoa familiarizada com o assunto.

A Nippon Steel não quis comentar. O CFIUS e a U.S. Steel não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.

'A prorrogação do prazo retira um pouco da pressão sobre as partes e, o que é mais importante, empurra a decisão para depois da eleição de novembro', disse Nick Klein, advogado que representa o CFIUS.

O acordo se tornou um tópico sensível na eleição presidencial deste ano nos Estados Unidos. Este mês, a vice-presidente, Kamala Harris, candidata democrata à Presidência, disse em um comício na Pensilvânia, o Estado decisivo onde a U.S. Steel está sediada, que ela deseja que a empresa permaneça 'de propriedade e operada pelos norte-americanos', ecoando uma opinião do presidente Joe Biden.

A Casa Branca reiterou essa posição na terça-feira.

O rival republicano de Harris, Donald Trump, prometeu bloquear o acordo se for eleito. Ambos os candidatos tentam conquistar o apoio dos sindicatos.

Adiar a decisão para depois da eleição 'diminuirá' a temperatura política, mas não garante a aprovação, disse David Boling, ex-oficial de comércio dos EUA que agora é analista do Eurasia Group.

'Independentemente da análise do CFIUS, a Nippon Steel ainda precisa chegar a um acordo com a United Steelworkers', disse Boling. 'Sem isso, é muito difícil ver esse acordo acontecer.'

O sindicato United Steelworkers, que se opõe veementemente ao acordo, disse na terça-feira que 'nada mudou em relação aos riscos que a aquisição da Nippon representaria para a segurança nacional ou às preocupações críticas da cadeia de suprimentos que já foram identificadas.'

Reuters

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