Decreto de Trump tenta banir mulheres e meninas trans de esportes femininos
Publicada em
Por Andrea Shalal e Daniel Trotta
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto nesta quarta-feira tentando excluir meninas e mulheres transgêneros dos esportes femininos, uma diretriz que seus defensores dizem que restaurará a justiça, mas, segundo os críticos, infringe os direitos de uma pequena minoria de atletas.
O decreto instrui o Departamento de Justiça a proibir a participação de meninas e mulheres transgêneros em esportes escolares femininos de acordo com a interpretação de Trump do Título IX, uma lei contra a discriminação sexual na educação.
'A guerra contra os esportes femininos acabou', disse Trump, em uma cerimônia de assinatura com dezenas de mulheres e meninas alinhadas atrás dele.
'Meu governo não vai ficar parado vendo homens baterem e maltratarem as atletas.'
O decreto, que provavelmente enfrentará desafios legais, exige 'aplicação imediata' em todo o país. Ameaça cortar financiamento federal de qualquer escola que permita que mulheres ou meninas transgêneros participem de competições esportivas designadas para mulheres.
O decreto afetaria apenas um pequeno número de atletas. O presidente da Associação Atlética Universitária Nacional (NCAA, na sigla em inglês) disse a um painel do Senado em dezembro que tinha conhecimento de menos de 10 atletas transgêneros entre os 520.000 que competem em 1.100 escolas associadas.
Mas a questão tem sido bem recebida pelos eleitores, que responderam com aplausos entusiasmados quando Trump mencionou a proibição para atletas transgêneros em seus comícios de campanha. Ele repetidamente veiculou propagandas na televisão que criticavam a permissão para mulheres e meninas transgêneros competirem em esportes femininos.
Segundo as pesquisas, a maioria dos norte-americanos se opõe a atletas transgêneros que competem em esportes que se alinham com sua identidade de gênero.
(Reportagem de Andrea Shalal, Daniel Trotta, Joseph Ax, Brendan Pierson, Lori Ewing e Julia Harte)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO