Defesa Civil de SP utiliza drone de grande porte no combate à dengue
Equipamento foi testado na cidade de Mairiporã
Publicada em
A Defesa Civil do Estado de São Paulo testou, pela primeira vez, um drone de grande porte para a pulverização de larvicidas no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, na cidade de Mairiporã, na Região Metropolitana.
O modelo Agras MG1P, geralmente usado para pulverização agrícola, foi testado em residências com pontos de proliferação do mosquito, como piscinas sujas, locais de acúmulo de lixo e caixas d'água abertas, além de áreas que não atendem a apelos dos agentes.
O drone tem autonomia de voo de 15 a 20 minutos, por bateria, podendo chegar a 50 metros de altura e voar a até 1 quilômetro do operador. O limite de operação durante o teste foi menor, em torno de 150 metros, pois a região é urbana e há maior risco de interferência. A aeronave carrega até 10 litros de larvicida.
Embora Mairiporã tenha baixa incidência da doença (15,9/100 mil habitantes), o município tem imóveis de veraneio em áreas rurais, com terrenos grandes e dificuldade de acesso pelas equipes de saúde, segundo informou Maxwell de Souza, porta-voz da Defesa Civil do Estado de São Paulo.
Resultado
Embora o resultado tenha sido positivo, as equipes estudam o uso de drones menores, mais acessíveis às prefeituras, para aplicação de larvicidas em pastilhas. De acordo com Souza, o governo estadual procura parceiros em órgãos públicos e privados para os testes, que podem servir de base para editais futuros.
Porém, segundo o porta-voz, mesmo que a estratégia permita acesso a áreas difíceis, a melhor tática contra a dengue continua sendo a prevenção feita pela população.
Até 75% dos criadouros do mosquito ficam dentro das casas, em áreas acessíveis somente para moradores, como caixas d'água e ralos e calhas mal vedados ou com acúmulo de resíduos.
É possível informar sobre focos do mosquito por meio do serviço estadual Dengue 100 ou de telefones municipais, como o 153, 156 ou 199.
Medidas preventivas como limpeza com cloro e uso de areia em pratos de vasos também podem ter impacto positivo.
Escrito por Redação, com informações da Agência Brasil
SALA DE BATE PAPO