Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Defesa pede revogação de cautelares contra Bolsonaro após ex-presidente não ser indiciado por coação

Defesa pede revogação de cautelares contra Bolsonaro após ex-presidente não ser indiciado por coação

Reuters

24/09/2025

Placeholder - loading - Jair Bolsonaro na saída de hospital em Brasília  14/9/2025   REUTERS/Mateus Bonomi
Jair Bolsonaro na saída de hospital em Brasília 14/9/2025 REUTERS/Mateus Bonomi

BRASÍLIA (Reuters) - Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciaram na noite de terça-feira que entraram com pedido de revogação das medidas cautelares impostas a ele pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a Procuradoria-Geral da República não denunciar o ex-presidente por tentativa de coação para interferir no processo em que ele foi condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Em publicação em uma rede social, o advogado Paulo Cunha Bueno, da equipe de defesa de Bolsonaro, afirmou que a não inclusão do ex-presidente na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta semana torna injustificável a manutenção das medidas cautelares.

'Hoje demos entrada em pedido de revogação das medidas cautelares impostas ao presidente Bolsonaro, nos autos do inquérito que apurava -- como se infrações penais fossem --, as denúncias sobre violações de direitos humanos, formuladas pelo deputado Eduardo Bolsonaro e pelo jornalista Paulo Figueiredo, ao governo norte-americano', escreveu Cunha Bueno.

'Com o oferecimento de denúncia, na qual o presidente Bolsonaro não foi acusado, esvazia-se a necessidade de quaisquer medidas cautelares, já que não há ação penal, cuja tramitação e eventual condenação seriam supostamente protegidas pelas severas cautelares que foram impostas e que há semanas vêm subtraindo-lhe a liberdade de ir e vir e de livre manifestação.'

Gonet denunciou Eduardo Bolsonaro e Figueiredo, que há meses estão nos Estados Unidos fazendo campanha junto a autoridades norte-americanas pela aplicação de sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras, alegando violação dos direitos humanos nos processos contra Bolsonaro e buscando pressionar por uma anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e na tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

Por decisão de Moraes, Bolsonaro está em prisão domiciliar, pois o ministro entendeu que ele violou medidas cautelares anteriores, como a proibição de usar as redes sociais, quando participou por chamada de vídeo de manifestações feitas por seus apoiadores na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Moraes também proibiu Bolsonaro de usar as redes sociais e de manter contato com Eduardo Bolsonaro.

O ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Essa decisão ainda está na fase de recurso.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.