Dinamarca diz que ordem de Trump sobre preços de medicamentos é passo na direção errada
Dinamarca diz que ordem de Trump sobre preços de medicamentos é passo na direção errada
Reuters
16/05/2025
COPENHAGUE (Reuters) - O ministro de Negócios da Dinamarca, Morten Bodskov, disse nesta sexta-feira que o decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, que orienta os fabricantes de medicamentos a reduzirem os preços vai criar incerteza e desafios para as empresas dinamarquesas.
A ordem estabelece metas de preços para os fabricantes de medicamentos nos próximos 30 dias. O governo norte-americano afirmou que tomará novas medidas para reduzir os preços caso as empresas não façam 'progresso significativo' em direção às metas.
'O que Donald Trump disse sobre produtos farmacêuticos é apenas mais um passo na direção errada', disse Morten Bodskov a repórteres nesta sexta-feira, após reunião com representantes da indústria farmacêutica e de ciências biológicas da Dinamarca.
'Isso cria mais incerteza, cria novas barreiras ao nosso comércio e é, em todos os sentidos, o caminho errado a seguir', acrescentou.
'Estamos falando de grandes empresas globalmente dominantes que, obviamente, são desafiadas pelo que ouvimos do governo dos EUA.'
Bodskov disse ainda que a ordem de Trump teve um impacto nos investimentos bilionários feitos pela indústria de ciências biológicas.
'A incerteza não é boa para esses investimentos', afirmou.
Trump disse na segunda-feira que o governo imporia tarifas se os preços nos EUA não correspondessem aos de outros países, acrescentando que busca cortes entre 59% e 90%.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios disse que representantes da Bavarian Nordic, da Zealand Pharma, da Lundbeck e da Leo Pharma participaram da reunião.
Representantes das associações industriais Danish Biotech e Medicoindustrien, bem como da Câmara de Comércio Dinamarquesa, da Associação Dinamarquesa da Indústria Farmacêutica e da Confederação da Indústria Dinamarquesa, também participaram, disse ele.
(Reportagem de Isabelle Yr Carlsson e Louise Breusch Rasmussen)
Reuters