Diretora do Fed promete abordagem 'pragmática' em regulação bancária
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Por Pete Schroeder
WASHINGTON (Reuters) - A diretora do Federal Reserve Michelle Bowman disse a parlamentares nesta quinta-feira que pretende reformular a forma como o banco central dos Estados Unidos monitora os grandes bancos, incentivar a inovação e buscar regras 'pragmáticas' para o sistema financeiro.
Em depoimento perante o Comitê Bancário do Senado dos EUA, Bowman disse que o sistema regulatório atual deve ser simplificado.
Se confirmada para supervisionar a regulamentação bancária no Fed, Bowman disse que trabalhará para garantir que os reguladores priorizem regras mais simples para bancos menores e que os supervisores bancários forneçam diretrizes claras para as instituições que monitoram.
'A estrutura regulatória dos EUA cresceu de forma expansiva, tornando-se excessivamente complicada e redundante, com requisitos conflitantes e sobrepostos. Esse crescimento impôs custos desnecessários e significativos aos bancos e seus clientes', disse ela em seu depoimento preparado.
Bowman foi indicada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para assumir o cargo de vice-chair de supervisão do Fed, o principal cargo regulatório da instituição. Ex-banqueira, ela atua no conselho de diretores do Fed desde 2018.
Bowman sempre criticou os esforços do governo do ex-presidente Joe Biden para impor regras mais rígidas ao setor financeiro. Em vez disso, ela pediu um toque mais leve em uma série de ferramentas regulatórias implantadas pelo Fed, que é encarregado de monitorar alguns dos maiores credores do país.
Ela recebeu apoio do senador Tim Scott, o republicano que preside o painel, que disse que ela trará 'responsabilidade e transparência' ao banco central dos EUA.
Mas a senadora Elizabeth Warren, a principal democrata do painel, criticou o apelo de Bowman por regras e supervisão menos onerosas, especialmente depois de uma semana tumultuada nos mercados financeiros ligada às tarifas de importação de Trump sobre os parceiros comerciais.
(Por Pete Schroeder)
Escrito por Reuters
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