Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Dívida pública federal sobe 3,3% em fevereiro com custo mais alto sob impacto da Selic em elevação

Dívida pública federal sobe 3,3% em fevereiro com custo mais alto sob impacto da Selic em elevação

Reuters

28/03/2025

Placeholder - loading - Moedas de reais 15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos
Moedas de reais 15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos

Atualizada em  28/03/2025

BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal subiu 3,30% em fevereiro ante janeiro, para R$7,492 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira, registrando também uma elevação do custo dos títulos públicos, sob impacto do ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central para conter a inflação.

No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$7,178 trilhões, com alta de 3,26%. A dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 314 bilhões de reais, com elevação de 4,15%, impactada por uma emissão externa que somou R$2,5 bi.

Contribuíram para a elevação da dívida pública no mês passado uma emissão líquida de R$165,7 bilhões, com volume nominal emitido pelo Tesouro batendo recorde da série histórica iniciada em 2006, e uma incorporação de juros no valor de R$73,7 bilhões.

O Tesouro destacou que fevereiro foi marcado por uma elevação nos juros futuros no Brasil em função de incertezas geopolíticas e expectativas relacionadas à taxa Selic.

Segundo os dados da pasta, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve uma elevação no mês passado, passando de 11,40% ao ano em janeiro para 11,57%.

'Esse indicador faz a cobertura de 12 meses, então está incorporando este ciclo de aumento atual da Selic e reduzindo a participação do ciclo de flexibilização que a gente teve no ano passado', disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias.

O custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna, por sua vez, subiu de 11,36% para 11,92% ao ano, com o aperto monetário em curso no país encarecendo os títulos atrelados à Selic, que representam 47,8% do estoque.

'Esse indicador realmente reflete mais o movimento recente da Selic', acrescentou Dias.

Na semana passada, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, prevendo um aumento de menor magnitude em maio. A autarquia deixou os passos seguintes em aberto.

Em relação ao perfil de vencimentos da dívida pública, o Tesouro informou que o prazo médio do estoque passou de 4,11 anos para 4,08 anos em fevereiro.

A reserva de liquidez, por sua vez, passou de R$744 bilhões em janeiro para R$889 bilhões em fevereiro. O valor é suficiente para quitar 6,66 meses de vencimentos de títulos, contra 6,72 registrados em janeiro.

Em relação ao mês de março, o Tesouro apontou que incertezas sobre o impacto da política tarifária na economia dos Estados Unidos e a perspectiva de redução no ritmo de corte de juros por parte do Fed em 2025 impactaram países emergentes, com aumento dos prêmios de risco.

Em março, segundo a pasta, os juros futuros no Brasil caíram em função da reprecificação referente à trajetória da taxa Selic.

De acordo com Dias, este mês registrou volume expressivo de emissões, de aproximadamente R$120 bilhões, com os títulos prefixados superando 50% do volume emitido.

Segundo ele, a qualidade das emissões tem melhorado, com aumento dos títulos prefixados e lançamentos de títulos com prazos de vencimento acima de cinco anos.

(Por Bernardo Caram)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.