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Dólar cai 1% antes do feriado com esperança de acordo entre EUA e China

Placeholder - loading - Nota de 100 dólares 07/02/2011  REUTERS/Lee Jae-Won
Nota de 100 dólares 07/02/2011 REUTERS/Lee Jae-Won

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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista fechou a quinta-feira pré-feriado em baixa firme no Brasil, se reaproximando dos R$5,80, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes, em meio à expectativa de que os Estados Unidos possam chegar a acordos com a China e outros países na guerra tarifária.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,00%, aos R$5,8069. Na semana -- encurtada pelo feriado da Sexta-feira Santa -- a moeda norte-americana acumulou queda de 1,07%. Em abril, no entanto, a divisa acumula elevação de 1,75%.

Às 17h05, na B3, o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 1,06%, aos R$5,8165.

A sessão desta quinta foi marcada por certo apetite dos investidores por risco, o que se traduziu na busca por moedas de países emergentes e exportadores de commodities.

O movimento se intensificou no início da tarde, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que espera progresso nas negociações comerciais com outros países e dizer que espera fazer um acordo comercial com a China -- seu principal adversário na guerra tarifária.

'Nós vamos fazer um acordo', disse Trump na Casa Branca, sem dar detalhes. 'Acho que vamos fazer um acordo muito bom com a China.'

Após marcar a cotação máxima de R$5,8894 (+0,40%) às 9h12, pouco depois da abertura, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,7970 (-1,17%) às 15h36, após os comentários de Trump.

“Estamos vendo uma queda um pouco mais acentuada da taxa de câmbio aqui, e o movimento está ligado ao cenário externo. Outras moedas emergentes também estão se favorecendo”, afirmou Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank.

“É possível que o fato de Trump ter mostrado hoje uma disposição para um acordo comercial com a China talvez esteja impulsionando a melhora das moedas emergentes de modo geral”, acrescentou.

Outro fator para a queda do dólar no Brasil, conforme Quartaroli, era o avanço firme do petróleo no mercado internacional, superior a 3%. Como o país é exportador da commodity, o real foi favorecido.

Internamente, o mercado também seguia especulando sobre os possíveis impactos da guerra comercial sobre a economia brasileira.

De acordo com Laís Costa, analista da Empiricus Research, os economistas aparentemente estão revisando para baixo a expectativa de inflação para 2025, ainda que possam elevar a projeção para 2026.

“A inflação um pouco menor para este ano significa a possibilidade de se ganhar um juro real absurdo. Então, isso está aumentando a atratividade do Brasil para os investidores”, disse Costa.

Na quarta-feira, o Itaú revisou para baixo sua estimativa para a inflação neste ano, de 5,7% para 5,5%. No caso de 2026, a projeção passou de 4,5% para 4,4%.

Na próxima terça-feira, após o feriado prolongado, investidores estarão atentos à atualização das expectativas dos economistas no boletim Focus do Banco Central, já em um cenário global mais conflituoso e incerto.

No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em baixa ante divisas pares do real como o peso mexicano, o peso chileno e a lira turca. Porém, a moeda norte-americana subia ante outras divisas fortes.

Às 17h15, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,05%, a 99,363.

(Edição de Pedro Fonseca e Alexandre Caverni)

Escrito por Reuters

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